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Prefeitura de Salvador quer novo empréstimo de R$ 500 milhões e aumenta endividamento público

A movimentação ocorre pouco tempo depois de a prefeitura renovar, por mais dez anos, o contrato com a empresa Battre, que será responsável pela limpeza urbana ao custo de R$ 2,6 bilhões

Por: Redação

07/08/202508h07

Foto: Jorge Jesus/Bahia.ba

A gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) prepara mais um movimento que impacta diretamente as finanças públicas da capital baiana: um novo empréstimo de R$ 500 milhões, que será enviado em breve para votação na Câmara Municipal de Salvador. Segundo o líder do governo, vereador Kiki Bispo (União Brasil), o valor será destinado a obras de infraestrutura na cidade.

Apesar da justificativa de que os recursos vão viabilizar melhorias urbanas, o novo empréstimo levanta uma série de questionamentos sobre o crescimento da dívida pública do município e a priorização de investimentos pela atual gestão.

A movimentação ocorre pouco tempo depois de a prefeitura renovar, por mais dez anos, o contrato com a empresa Battre, que será responsável pela limpeza urbana ao custo de R$ 2,6 bilhões, um valor bilionário que também gerou críticas e levantou suspeitas sobre a falta de concorrência e controle mais rígido sobre contratos de grande porte.

Enquanto o Executivo municipal defende que as obras estão listadas e serão apresentadas de forma transparente, até o momento não foram divulgados publicamente os projetos específicos, nem os critérios técnicos utilizados para definir as intervenções. A ausência dessas informações reforça a crítica de que a gestão de Bruno Reis atua com pouca abertura ao debate público e à participação da sociedade civil.

Além disso, cresce o receio de que a Prefeitura esteja recorrendo com frequência a empréstimos de grande porte sem garantir que haja capacidade real de pagamento no futuro, comprometendo a autonomia fiscal da cidade e sobrecarregando as próximas administrações com dívidas herdadas.

Com um contrato bilionário recém-assinado com a Battre e agora um novo empréstimo de meio bilhão, setores da oposição e da sociedade civil questionam quais são, de fato, as prioridades da Prefeitura?

Em vez de discutir investimentos estratégicos em áreas como saúde, educação e mobilidade com maior participação popular, a atual gestão opta por repetir a fórmula do endividamento, com pouca clareza sobre os resultados concretos.

O projeto ainda será analisado pela Câmara, onde o governo possui ampla base aliada. Caso aprovado, aumentará significativamente o passivo financeiro da cidade, sem que o cidadão soteropolitano tenha certeza de que o custo valerá o benefício.

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