A Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Educa&ccedil;&atilde;o (SEMED), marcou presen&ccedil;a no Semin&aacute;rio de Divulga&ccedil;&atilde;o dos Resultados do Sistema de Avalia&ccedil;&atilde;o Baiano da Educa&ccedil;&atilde;o (SABE 2024), realizado na semana passada, no Fiesta Bahia Hotel, em Salvador. O evento reuniu gestores, t&eacute;cnicos e educadores de diversos munic&iacute;pios com o objetivo de analisar os resultados da avalia&ccedil;&atilde;o aplicada aos estudantes da rede p&uacute;blica e debater estrat&eacute;gias para aprimorar a qualidade do ensino na Bahia.
Durante o semin&aacute;rio, foram apresentados dados sobre o desempenho escolar, al&eacute;m de discuss&otilde;es que envolveram aspectos pedag&oacute;gicos, socioemocionais e contextuais do processo de aprendizagem. A secret&aacute;ria municipal de Educa&ccedil;&atilde;o, Tamires Andrade, destacou a import&acirc;ncia da iniciativa para a evolu&ccedil;&atilde;o da rede de ensino local. &ldquo;O SABE &eacute; essencial para mensurar, aprimorar e acompanhar os &iacute;ndices educacionais. A an&aacute;lise desses resultados vai nos permitir melhorar continuamente nossa rede de ensino&rdquo;, afirmou.
Para a diretora de Gest&atilde;o Escolar e Monitoramento da SEMED, L&iacute;cia Anuncia&ccedil;&atilde;o, o evento ofereceu uma abordagem ampla e estrat&eacute;gica: &ldquo;O semin&aacute;rio abordou n&atilde;o apenas os resultados quantitativos, mas tamb&eacute;m aspectos socioemocionais, question&aacute;rios contextuais e a constru&ccedil;&atilde;o dos itens avaliativos. Essa vis&atilde;o integrada enriquece nossa compreens&atilde;o sobre o desempenho dos estudantes.&rdquo;
A t&eacute;cnica da Diretoria da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, &Iacute;ndia Clara, ressaltou que os dados apresentados ser&atilde;o fundamentais para o planejamento pedag&oacute;gico no munic&iacute;pio: &ldquo;Com base nos indicadores revelados pelo SABE, poderemos planejar interven&ccedil;&otilde;es pedag&oacute;gicas mais eficazes, sempre orientadas pelos resultados de desempenho.&rdquo;
O SABE &eacute; um instrumento desenvolvido pelo Governo da Bahia para avaliar e monitorar a aprendizagem dos alunos da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, contribuindo com pol&iacute;ticas p&uacute;blicas mais assertivas e com foco na melhoria dos &iacute;ndices educacionais em todo o estado.

Ap&oacute;s 74 dias de paralisa&ccedil;&atilde;o e intensas manifesta&ccedil;&otilde;es, os professores da rede municipal de Salvador anunciam retorno &agrave;s salas de aula, mas permanecem em estado de greve, mantendo a press&atilde;o por melhorias salariais.
Os professores da rede municipal de Salvador decidiram voltar &agrave;s atividades escolares nesta sexta-feira (18). O an&uacute;ncio foi feito na Quadra do Sindicato dos Banc&aacute;rios, onde representantes da categoria reuniram-se com o intuito de informar sobre o fim tempor&aacute;rio da paralisa&ccedil;&atilde;o. Contudo, os educadores esclareceram que o retorno &agrave;s aulas n&atilde;o significa o fim das reivindica&ccedil;&otilde;es. O estado de greve permanece, permitindo que a categoria retome a mobiliza&ccedil;&atilde;o a qualquer momento, caso suas demandas n&atilde;o sejam atendidas.
A greve, que teve in&iacute;cio em 6 de maio, foi motivada pelo n&atilde;o cumprimento do pagamento do piso salarial nacional da categoria, estabelecido pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) em R$ 4.867,77 para o ano de 2025. Atualmente, os professores da rede municipal de Salvador recebem R$ 2.800, uma diferen&ccedil;a significativa, que gerou insatisfa&ccedil;&atilde;o e levou &agrave; decis&atilde;o de paralisar as atividades.
Durante a greve, diversos protestos, atos p&uacute;blicos e manifesta&ccedil;&otilde;es tomaram as ruas da cidade, com a categoria exigindo a valoriza&ccedil;&atilde;o do magist&eacute;rio e a garantia do pagamento do piso salarial. Al&eacute;m disso, os educadores buscaram chamar a aten&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o e pressionar a Prefeitura de Salvador para que cumprisse a lei que estabelece o novo valor para os professores.
Apesar do retorno &agrave;s aulas, o estado de greve deixa claro que a luta por melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho e o cumprimento da legisla&ccedil;&atilde;o continua.
Com o retorno das atividades, as escolas da rede municipal de Salvador devem come&ccedil;ar a retomar a rotina normal. No entanto, a categoria seguir&aacute; acompanhando de perto as negocia&ccedil;&otilde;es com a administra&ccedil;&atilde;o municipal. O retorno &agrave;s aulas, com o estado de greve mantido, mostra que o protesto ainda n&atilde;o est&aacute; totalmente encerrado, e que a categoria mant&eacute;m a press&atilde;o para garantir os direitos que reivindicam.
A greve, que contou com forte apoio da popula&ccedil;&atilde;o e de outras entidades sindicais, deixou claro que a luta por uma educa&ccedil;&atilde;o de qualidade est&aacute; intimamente ligada &agrave; valoriza&ccedil;&atilde;o dos profissionais da &aacute;rea. Para muitos professores, o retorno &agrave;s aulas &eacute; uma vit&oacute;ria parcial, mas o verdadeiro &ecirc;xito s&oacute; ser&aacute; alcan&ccedil;ado quando o piso salarial for implementado integralmente.
A previs&atilde;o &eacute; de que todas as unidades de ensino da capital voltem a funcionar j&aacute; na pr&oacute;xima semana. Atualmente, a rede municipal de Salvador atende 131 mil alunos distribu&iacute;dos em 415 escolas. O calend&aacute;rio letivo dever&aacute; ser alterado para compensar os dois meses de paralisa&ccedil;&atilde;o, e h&aacute; expectativa de que as aulas se estendam at&eacute; janeiro de 2026.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o do Estado da Bahia (APLB-BA) foi procurado, mas at&eacute; o fechamento da mat&eacute;ria n&atilde;o se pronunciou.

A greve dos professores da rede municipal de Salvador, que j&aacute; dura mais de dois meses, continua afetando o calend&aacute;rio escolar de aproximadamente 131 mil alunos matriculados nas 415 unidades educacionais da cidade. O movimento, que teve in&iacute;cio devido ao n&atilde;o pagamento do piso salarial nacional da categoria, se intensificou com a decis&atilde;o do Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA), que declarou a paralisa&ccedil;&atilde;o ilegal e determinou que as aulas sejam retomadas em at&eacute; 24 horas. Caso o prazo n&atilde;o seja cumprido, os gestores das escolas podem ser responsabilizados pessoalmente.
Em um documento enviado aos diretores das 35 escolas municipais ainda com aulas suspensas, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia destacou a urg&ecirc;ncia do retorno &agrave;s atividades escolares. A decis&atilde;o do MP &eacute; clara: os gestores devem convocar os professores para a retomada das aulas, encaminhando uma c&oacute;pia do ato &agrave; Promotoria para comprovar o cumprimento da medida. Caso contr&aacute;rio, poder&atilde;o ser responsabilizados por viola&ccedil;&atilde;o do direito &agrave; educa&ccedil;&atilde;o, que &eacute; um direito fundamental garantido pela Constitui&ccedil;&atilde;o Federal.
Em meio ao impasse, o secret&aacute;rio municipal de Educa&ccedil;&atilde;o, Thiago Dantas, anunciou que o calend&aacute;rio letivo ser&aacute; estendido at&eacute; janeiro de 2026 para garantir que o conte&uacute;do perdido durante a greve seja reposto. A medida, segundo o secret&aacute;rio, visa assegurar que os alunos consigam cumprir o ano letivo de forma completa, apesar da interrup&ccedil;&atilde;o nas aulas.
A decis&atilde;o, no entanto, gerou controv&eacute;rsias. Embora a amplia&ccedil;&atilde;o do calend&aacute;rio busque compensar as perdas de conte&uacute;do, ela tamb&eacute;m acirra o clima de tens&atilde;o entre os professores, que continuam em greve para reivindicar o pagamento do piso salarial. A greve, que j&aacute; foi declarada ilegal, tem como principal pauta a falta de cumprimento do piso nacional dos professores, conforme estabelecido pela Lei n&ordm; 11.738/2008.
A extens&atilde;o do ano letivo &eacute; vista por muitos como uma solu&ccedil;&atilde;o paliativa. O impacto de mais de dois meses de paralisa&ccedil;&atilde;o ser&aacute; dif&iacute;cil de ser revertido apenas com a reposi&ccedil;&atilde;o de aulas, principalmente no que diz respeito &agrave; carga emocional e ao cansa&ccedil;o dos profissionais da educa&ccedil;&atilde;o. A inseguran&ccedil;a gerada pelo atraso nos pagamentos e a falta de um acordo entre a gest&atilde;o municipal e os sindicatos de professores tamb&eacute;m t&ecirc;m prejudicado a constru&ccedil;&atilde;o de um ambiente de di&aacute;logo e coopera&ccedil;&atilde;o.
A Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o de Salvador, por sua vez, tem buscado garantir a conclus&atilde;o do ano letivo, mas a falta de consenso sobre as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho e os direitos da categoria segue sendo um obst&aacute;culo para a normaliza&ccedil;&atilde;o da situa&ccedil;&atilde;o.
O impasse segue sem resolu&ccedil;&atilde;o definitiva. Uma nova assembleia dos professores est&aacute; prevista para est&aacute; sexta-feira (18), quando deve ser discutida a continuidade da greve e as estrat&eacute;gias a serem adotadas a partir de agora. Enquanto isso, os alunos de Salvador continuam &agrave; espera de uma solu&ccedil;&atilde;o que permita o retorno &agrave;s aulas e a retomada do aprendizado interrompido.

Pelo segundo ano consecutivo, sob o comando do prefeito Bruno Reis (Uni&atilde;o Brasil), a capital baiana amarga, o pior &iacute;ndice de alfabetiza&ccedil;&atilde;o infantil entre todas as capitais do pa&iacute;s. De acordo com dados divulgados na &uacute;ltima sexta-feira (11) pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC), apenas 36,75% das crian&ccedil;as da rede p&uacute;blica municipal foram alfabetizadas em 2024, desempenho ainda inferior ao de 2023, quando o &iacute;ndice era de 39,2%.
O levantamento faz parte do Indicador Crian&ccedil;a Alfabetizada, ferramenta do Compromisso Nacional Crian&ccedil;a Alfabetizada (CNCA), e mede a propor&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as que conseguem atingir o n&iacute;vel adequado de leitura e escrita ao final do 2&ordm; ano do ensino fundamental. O &iacute;ndice representa uma queda em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior, quando o percentual era de 39,2%, e coloca Salvador abaixo da meta nacional de 45,52%. A cidade tamb&eacute;m est&aacute; bem distante da m&eacute;dia nacional, que foi de 59,2%.
O resultado chega em meio a uma greve dos professores da rede municipal, que j&aacute; dura mais de 70 dias. A paralisa&ccedil;&atilde;o foi motivada por den&uacute;ncias de falta de di&aacute;logo da gest&atilde;o do prefeito Bruno Reis (Uni&atilde;o Brasil), corte de gratifica&ccedil;&otilde;es e aus&ecirc;ncia de pol&iacute;ticas de valoriza&ccedil;&atilde;o docente. Durante esse per&iacute;odo, milhares de crian&ccedil;as est&atilde;o sem aula, o que aprofunda ainda mais o atraso na aprendizagem.
A baixa taxa de alfabetiza&ccedil;&atilde;o exp&otilde;e os desafios enfrentados pela educa&ccedil;&atilde;o municipal ap&oacute;s 13 anos de gest&atilde;o do grupo pol&iacute;tico liderado por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e atual secret&aacute;rio-geral do Uni&atilde;o Brasil. Apesar dos investimentos em infraestrutura urbana nos &uacute;ltimos anos, os indicadores educacionais n&atilde;o acompanharam o ritmo.
Especialistas alertam para as consequ&ecirc;ncias de longo prazo do atraso na alfabetiza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A crian&ccedil;a que n&atilde;o &eacute; alfabetizada no tempo certo enfrenta dificuldades que se acumulam ao longo da vida escolar. Isso impacta o aprendizado em todas as disciplinas, al&eacute;m de afetar a autoestima e o futuro profissional do aluno&rdquo;, explica a pedagoga M&aacute;rcia Soares, especialista em educa&ccedil;&atilde;o infantil.
O mau desempenho educacional de Salvador n&atilde;o &eacute; um caso isolado, mas chama aten&ccedil;&atilde;o pela sua posi&ccedil;&atilde;o entre as maiores capitais do pa&iacute;s. O Indicador Crian&ccedil;a Alfabetizada revela desigualdades regionais marcantes: enquanto cidades como Florian&oacute;polis, Curitiba e Belo Horizonte superam 80% de alfabetiza&ccedil;&atilde;o, Salvador segue na lanterna com menos da metade disso.
Diante da crise, o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o j&aacute; indicou que poder&aacute; intensificar o apoio t&eacute;cnico e financeiro aos munic&iacute;pios com piores resultados, mas a solu&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m passa por uma gest&atilde;o local comprometida, com foco na valoriza&ccedil;&atilde;o de professores e no fortalecimento das pol&iacute;ticas pedag&oacute;gicas.

Ap&oacute;s 70 dias de greve, os professores da rede municipal de Salvador decidiram, em assembleia realizada na manh&atilde; desta segunda-feira (14), continuar com o movimento de paralisa&ccedil;&atilde;o. Durante o encontro, a categoria aprovou uma contraproposta a ser enviada ao prefeito Bruno Reis ainda hoje.
De acordo com o coordenador-geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira, o documento cont&eacute;m ajustes que os professores esperam que sejam analisados pela gest&atilde;o municipal. &ldquo;Vamos entregar esse documento ao prefeito Bruno Reis e, depois disso, aguardaremos a resposta. A proposta est&aacute; feita, agora s&oacute; depende dele sentar &agrave; mesa para negociar com a categoria&rdquo;, afirmou Rui.
Na tentativa de pressionar por uma solu&ccedil;&atilde;o, a categoria planeja um novo ato para esta ter&ccedil;a-feira (15), &agrave;s 10h, na Esta&ccedil;&atilde;o da Lapa, al&eacute;m de uma nova assembleia que est&aacute; prevista para quarta-feira (16), no Gin&aacute;sio dos Banc&aacute;rios.
Na semana passada, a Prefeitura de Salvador apresentou aos professores uma proposta que, embora tenha sido vista como um avan&ccedil;o em alguns pontos, n&atilde;o foi suficiente para encerrar a greve.&nbsp;O texto do Executivo incluiu: envio de um projeto &agrave; C&acirc;mara Municipal de Salvador em at&eacute; 15 dias para manter os percentuais da gratifica&ccedil;&atilde;o de aprimoramento, com teto de 25% sobre o vencimento base; Restabelecimento da gratifica&ccedil;&atilde;o de 30% para quem atua em unidades socioeducativas; Retorno da ajuda de custo de 50% para professores e coordenadores pedag&oacute;gicos lotados nas ilhas; Cancelamento das faltas registradas durante a greve, com a reposi&ccedil;&atilde;o das aulas.
Apesar dessas concess&otilde;es, a proposta foi rejeitada pela categoria, que apontou a aus&ecirc;ncia da reg&ecirc;ncia de classe como ponto cr&iacute;tico. Este benef&iacute;cio, que corresponde a 45% do sal&aacute;rio base, foi extinto e incorporado ao vencimento, mas sem representar um ganho real para os profissionais, segundo a APLB Sindicato. Para a categoria, essa medida n&atilde;o atende &agrave;s suas expectativas, uma vez que o valor foi inclu&iacute;do apenas para alcan&ccedil;ar o piso nacional de R$ 4.867,77.
Com a contraproposta em m&atilde;os, o sindicato aguarda agora uma resposta do prefeito Bruno Reis, apostando na possibilidade de retomada das negocia&ccedil;&otilde;es. Enquanto isso, os professores seguem firmes na greve, com a esperan&ccedil;a de que suas demandas sejam finalmente atendidas.
Com a continuidade da greve, o calend&aacute;rio escolar de Salvador segue comprometido. Os professores aguardam por uma solu&ccedil;&atilde;o que contemple as demandas de valoriza&ccedil;&atilde;o da categoria, especialmente no que diz respeito ao cumprimento do piso salarial.&nbsp;O movimento grevista espera que nos pr&oacute;ximos dias a gest&atilde;o municipal apresente uma resposta concreta, para que se possa finalmente encerrar o impasse e retomar &agrave;s aulas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o da Rede Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf) anunciou, na noite da &uacute;ltima sexta-feira (11), a suspens&atilde;o da greve dos professores, que havia come&ccedil;ado no in&iacute;cio do m&ecirc;s. A decis&atilde;o ocorreu ap&oacute;s um protesto de m&atilde;es de alunos, que exigiam o retorno imediato das aulas, apontando os danos &agrave; educa&ccedil;&atilde;o dos filhos como principal motivo da mobiliza&ccedil;&atilde;o.
A manifesta&ccedil;&atilde;o, que reuniu um grupo significativo de m&atilde;es em frente &agrave; prefeitura, teve grande repercuss&atilde;o nas redes sociais e na opini&atilde;o p&uacute;blica. Com cartazes e palavras de ordem, as manifestantes criticaram o prolongamento da greve, j&aacute; considerada ilegal pela Justi&ccedil;a, e cobraram solu&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas para a retomada das atividades escolares. Em v&iacute;deos que circularam nas plataformas digitais, uma das participantes expressou a frustra&ccedil;&atilde;o com a situa&ccedil;&atilde;o: &ldquo;Queremos nossos filhos na escola. Chega de politicagem com a educa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse ela, enquanto outras m&atilde;es refor&ccedil;avam o protesto.
As cr&iacute;ticas das m&atilde;es se estenderam tamb&eacute;m &agrave; lideran&ccedil;a da Asprolf, que foi acusada de desconsiderar as necessidades das fam&iacute;lias em prol de um movimento prolongado. Al&eacute;m disso, surgiu a alega&ccedil;&atilde;o de que filhos dos pr&oacute;prios dirigentes do sindicato estariam estudando em escolas privadas, o que aumentou a press&atilde;o contra a greve.
A situa&ccedil;&atilde;o se tornou ainda mais tensa com a presen&ccedil;a de Kl&eacute;ber Rosa, ex-candidato a prefeito de Salvador e a governador pelo PSOL, que esteve na prefeitura acompanhando os grevistas. Rosa ouviu as cr&iacute;ticas das m&atilde;es, que pediam, em tom firme, o fim da greve para que seus filhos pudessem retornar &agrave; escola.
A greve enfrentava, tamb&eacute;m, uma crescente press&atilde;o judicial. Na &uacute;ltima quinta-feira (10), o Tribunal de Justi&ccedil;a da Bahia determinou o bloqueio das contas da Asprolf, al&eacute;m de elevar a multa di&aacute;ria para R$ 100 mil em raz&atilde;o do n&atilde;o cumprimento de uma decis&atilde;o judicial que havia considerado o movimento ilegal. Apesar das ordens judiciais, o sindicato insistiu na paralisa&ccedil;&atilde;o, o que levou ao agravamento das san&ccedil;&otilde;es.
Com a forte mobiliza&ccedil;&atilde;o popular e o cerco judicial apertando, o sindicato decidiu suspender a greve. A decis&atilde;o foi comemorada por muitos pais e alunos, que agora aguardam ansiosos o retorno &agrave;s atividades escolares, interrompidas h&aacute; mais de uma semana.
A situa&ccedil;&atilde;o em Lauro de Freitas &eacute; um reflexo de um problema mais amplo enfrentado por diversas cidades brasileiras, onde greves e paralisa&ccedil;&otilde;es no setor p&uacute;blico entram em conflito com a urg&ecirc;ncia da continuidade educacional. A press&atilde;o de m&atilde;es e a interven&ccedil;&atilde;o judicial destacaram a dificuldade de equilibrar as reivindica&ccedil;&otilde;es dos trabalhadores com as necessidades da popula&ccedil;&atilde;o em um momento cr&iacute;tico como o atual.

O Brasil registrou um avan&ccedil;o no n&uacute;mero de crian&ccedil;as alfabetizadas, mas n&atilde;o atingiu a meta estabelecida pelo Governo Federal para 2024. Dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC), durante evento para jornalistas em Bras&iacute;lia, revelaram que 59,2% dos alunos do 2&ordm; ano do Ensino Fundamental sabem ler e escrever. A meta era de 60% para este ano, o que significa que o pa&iacute;s ficou apenas 0,8 pontos percentuais abaixo do objetivo.
O n&uacute;mero representa um aumento em rela&ccedil;&atilde;o a 2023, quando a taxa de alfabetiza&ccedil;&atilde;o era de 56%, o que equivale a um crescimento de tr&ecirc;s pontos percentuais em compara&ccedil;&atilde;o ao ano anterior. Apesar do progresso, o &iacute;ndice ainda est&aacute; distante da meta de 64% que o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o espera atingir at&eacute; o final de 2024.
Camilo Santana, ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, destacou durante o evento que as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas e socioecon&ocirc;micas de algumas regi&otilde;es, como as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, impactaram diretamente a m&eacute;dia nacional. &ldquo;A primeira m&eacute;dia nacional foi muito impactada pelas condi&ccedil;&otilde;es do governo do Sul. N&oacute;s vamos agora arrega&ccedil;ar as mangas, todo mundo trabalhando, focando nos seus territ&oacute;rios. Vamos fazer a avalia&ccedil;&atilde;o agora, em outubro e novembro deste ano, e poder alcan&ccedil;ar a m&eacute;dia de 64%&rdquo;, afirmou o ministro.
O Indicador Crian&ccedil;a Alfabetizada foi criado em 2023 com o objetivo de reunir os resultados de provas de alfabetiza&ccedil;&atilde;o realizadas com alunos do 2&ordm; ano do Ensino Fundamental em todo o pa&iacute;s. Essas provas s&atilde;o aplicadas pelos governos estaduais e municipais e podem ser comparadas ao Sistema de Avalia&ccedil;&atilde;o da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (Saeb), a avalia&ccedil;&atilde;o federal tradicional que ocorre a cada dois anos.
Esse indicador tem sido fundamental para compreender o panorama da alfabetiza&ccedil;&atilde;o no Brasil, especialmente em um momento em que o pa&iacute;s enfrenta desafios educacionais e sociais, como a disparidade no acesso &agrave; educa&ccedil;&atilde;o de qualidade entre as diferentes regi&otilde;es.
Com a meta de 64% para 2024, o Governo Federal afirma estar comprometido em reverter as desigualdades regionais e acelerar o processo de alfabetiza&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s. O minist&eacute;rio prev&ecirc; uma nova rodada de avalia&ccedil;&otilde;es ainda este ano, com foco no trabalho intensificado nos territ&oacute;rios mais impactados por crises naturais e sociais.
Embora os n&uacute;meros n&atilde;o tenham atingido as expectativas, o aumento na taxa de alfabetiza&ccedil;&atilde;o &eacute; visto como um passo positivo, e o governo espera que o esfor&ccedil;o conjunto entre estados, munic&iacute;pios e o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o possa fazer a diferen&ccedil;a nos pr&oacute;ximos meses.

Assim como ocorre em Salvador, a cidade de Lauro de Freitas, que faz parte da Regi&atilde;o Metropolitana, tamb&eacute;m segue com impasse entre a Prefeitura e os professores. O sindicato da categoria alega que a prefeita D&eacute;bora Regis n&atilde;o tem buscado espa&ccedil;o para o di&aacute;logo com os profissionais e isso contribuiu para a decreta&ccedil;&atilde;o da greve.&nbsp;&nbsp;
De acordo com o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o da Rede P&uacute;blica Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf), Valdir Silva, v&aacute;rias tentativas ocorreram para uma solu&ccedil;&atilde;o sem ter que paralisar as atividades, mas a gest&atilde;o municipal se demonstrou irredut&iacute;vel para atender a pauta de reivindica&ccedil;&atilde;o.
&ldquo;N&oacute;s temos para al&eacute;m da atualiza&ccedil;&atilde;o do piso salarial nacional, que a prefeita descumpre desde o in&iacute;cio de janeiro, parte da categoria, n&atilde;o est&aacute; recebendo o piso salarial nacional, ent&atilde;o a gente pede o cumprimento do piso na carreira. N&oacute;s temos outro ponto que &eacute;: ela mexeu na lei de consulta p&uacute;blica de gest&atilde;o democr&aacute;tica na escolha de diretor escolar, tirando o direito do pai, da m&atilde;e e do aluno, de fazer essa escolha, n&oacute;s temos ainda, problemas estruturais nas escolas, falta de algumas disciplinas ainda nas escolas&rdquo;, comenta Silva.
Para o sindicato, a Prefeitura de Lauro de Freitas tem condi&ccedil;&otilde;es de atender a todos os pontos da pauta de reivindica&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o faz por motivos desconhecidos, ou seja, a categoria fique sem entender os reais motivos da negativa aos pleitos dos professores.
&ldquo;A prefeitura primeiro tem que atender ao ponto de sentar &agrave; mesa, com seriedade, sem leviandade, com a categoria pra gente fazer um acordo, nem sempre a gente leva tudo o que pede, ent&atilde;o se n&atilde;o sentar para dialogar, n&atilde;o d&aacute; pra gente, entrar num consenso&rdquo;, comenta Silva.
Ao ser questionado se a prefeita D&eacute;bora Regis olha para a Educa&ccedil;&atilde;o como uma &aacute;rea essencial na cidade, o representante do sindicato destacou que a gestora n&atilde;o v&ecirc; a Educa&ccedil;&atilde;o como uma &aacute;rea importante.&nbsp;&nbsp;
&ldquo;O ano letivo em Lauro j&aacute; est&aacute; comprometido desde o in&iacute;cio, porque a prefeitura n&atilde;o come&ccedil;ou o ano letivo no prazo determinado, como deveria ser, n&atilde;o come&ccedil;ou no prazo, que era fevereiro, come&ccedil;ou em mar&ccedil;o, mesmo esse in&iacute;cio em mar&ccedil;o foi muito prec&aacute;rio, porque faltavam muitos professores, cuidadores, auxiliares de classe&rdquo;, afirma Silva.
A Prefeitura de Lauro de Freitas foi procurada para dar sua vers&atilde;o sobre a greve dos professores no munic&iacute;pio, a gest&atilde;o municipal por meio de nota desmentiu alguns pontos apresentados pelo sindicato e destacou seu compromisso com a educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. Abaixo nota da Prefeitura de Lauro de Freitas na &iacute;ntegra:
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Prefeitura esclarece posicionamento administrativo para professores da rede p&uacute;blica
A Prefeitura de Lauro de Freitas informa que mant&eacute;m um di&aacute;logo permanente com os profissionais da educa&ccedil;&atilde;o visando a melhoria da qualidade do ensino &agrave;s crian&ccedil;as e jovens e a valoriza&ccedil;&atilde;o da categoria. Este tem sido um norte da nova gest&atilde;o, que respeita e valoriza os profissionais. A administra&ccedil;&atilde;o municipal reafirma, assim, seu compromisso com a transpar&ecirc;ncia, o respeito aos servidores e a responsabilidade fiscal.
O munic&iacute;pio reconhece e valoriza o papel fundamental dos profissionais da educa&ccedil;&atilde;o e destaca que j&aacute; garante aos professores com n&iacute;vel superior, em carga hor&aacute;ria de 40 horas semanais, uma remunera&ccedil;&atilde;o de R$ 6.962,37, valor 43,17% superior ao piso nacional da categoria, atualmente fixado em R$ 4.867,77.
Para efeito de compara&ccedil;&atilde;o, um professor municipal da rede de Lauro de Freitas, com jornada de 40 horas e 15 anos de carreira, alcan&ccedil;a remunera&ccedil;&atilde;o entre R$ 14 mil e R$ 30 mil mensais, equivalente a 192,73% acima do piso nacional do magist&eacute;rio, valores equiparados aos de professores com t&iacute;tulo de PhD de uma universidade federal.
No entanto, &eacute; necess&aacute;rio contextualizar a atual situa&ccedil;&atilde;o fiscal enfrentada pelo munic&iacute;pio. A prefeitura tem atuado diante de um cen&aacute;rio financeiro desafiador, com comprometimento superior a 58% da Receita Corrente L&iacute;quida (RCL) com despesas de pessoal, ultrapassando o limite m&aacute;ximo legal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Tal situa&ccedil;&atilde;o j&aacute; foi formalmente apontada pelo Tribunal de Contas dos Munic&iacute;pios do Estado da Bahia (TCM-BA), o que imp&otilde;e &agrave; administra&ccedil;&atilde;o municipal severas restri&ccedil;&otilde;es legais e or&ccedil;ament&aacute;rias.
Al&eacute;m disso, a atual gest&atilde;o assumiu d&iacute;vidas previdenci&aacute;rias parceladas superiores a R$ 4,5 milh&otilde;es por m&ecirc;s, referentes a d&eacute;bitos da administra&ccedil;&atilde;o anterior, al&eacute;m de R$ 6,7 milh&otilde;es j&aacute; pagos em 2025 em d&eacute;bitos de exerc&iacute;cios anteriores (DEA). Tamb&eacute;m impactam fortemente o or&ccedil;amento de 2025 os R$ 25 milh&otilde;es da folha de pagamento de dezembro de 2024, n&atilde;o pagos nem empenhados, e mais de R$ 75 milh&otilde;es em d&iacute;vidas com fornecedores sem cobertura or&ccedil;ament&aacute;ria.
Mesmo diante dessas limita&ccedil;&otilde;es financeiras, a Prefeitura de Lauro de Freitas tem envidado todos os esfor&ccedil;os para assegurar um reajuste de 2% para os servidores da educa&ccedil;&atilde;o, como demonstra&ccedil;&atilde;o do compromisso com a valoriza&ccedil;&atilde;o da categoria e dentro das possibilidades legais e fiscais atuais.
A prefeitura pontua ainda que a gratifica&ccedil;&atilde;o por dedica&ccedil;&atilde;o exclusiva, benef&iacute;cio que era pago a apenas 13 servidores, foi suspensa por ser uma concess&atilde;o discricion&aacute;ria que deixou de atender ao interesse p&uacute;blico. A medida se deu em meio &agrave; grave crise fiscal herdada da gest&atilde;o anterior, que levou o munic&iacute;pio a decretar estado de calamidade financeira (Decreto n&ordm; 5.432/2025).
A manuten&ccedil;&atilde;o desse adicional, que custava mais de R$ 1,1 milh&atilde;o por ano aos cofres p&uacute;blicos, n&atilde;o se justifica diante da recomposi&ccedil;&atilde;o do quadro de professores por meio de concurso p&uacute;blico, com 269 novos docentes nomeados. A prefeitura, portanto, adotou a medida menos danosa, racionalizando despesas sem prejudicar os servidores efetivos.
A gest&atilde;o municipal refor&ccedil;a seu compromisso com a educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica de qualidade e com a valoriza&ccedil;&atilde;o de seus profissionais, mantendo-se aberta ao di&aacute;logo e &agrave; constru&ccedil;&atilde;o de solu&ccedil;&otilde;es vi&aacute;veis e sustent&aacute;veis, sem comprometer os servi&ccedil;os essenciais &agrave; popula&ccedil;&atilde;o nem repetir erros administrativos do passado.

A cidade de Apor&aacute;, no estado da Bahia, ser&aacute; palco, neste s&aacute;bado (12), do lan&ccedil;amento do Projeto de Educa&ccedil;&atilde;o Continuada, desenvolvido pela Bracell em parceria t&eacute;cnica com o Instituto Chapada de Educa&ccedil;&atilde;o e Pesquisa (Icep). O evento acontecer&aacute; no Col&eacute;gio Estadual de Tempo Integral de Altamira, das 8h &agrave;s 12h, e reunir&aacute; profissionais da rede municipal de ensino, estudantes, familiares e membros da comunidade para discutir as principais demandas educacionais da regi&atilde;o.
O semin&aacute;rio marca o in&iacute;cio de um projeto que, h&aacute; 11 anos, vem impactando positivamente o Territ&oacute;rio Litoral Norte e Agreste Baiano, e desde 2022, tamb&eacute;m o Rec&ocirc;ncavo. O objetivo do projeto &eacute; promover a forma&ccedil;&atilde;o continuada de educadores, alinhando suas pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas a uma pol&iacute;tica p&uacute;blica de educa&ccedil;&atilde;o que visa melhorar os &iacute;ndices de aprendizagem na regi&atilde;o. De acordo com dados, alguns munic&iacute;pios que participaram da iniciativa observaram um crescimento significativo no &Iacute;ndice de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (Ideb), que passou de 2,2 em 2005 para 5,1 em 2023. Este crescimento indica uma melhoria na qualidade da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica nesses locais, refletindo em melhores resultados de aprendizado e fluxo escolar.
Durante o semin&aacute;rio, os participantes ter&atilde;o a oportunidade de conhecer as a&ccedil;&otilde;es previstas pelo projeto e contribuir com suas percep&ccedil;&otilde;es, por meio de grupos focais, sobre os desafios educacionais enfrentados no munic&iacute;pio. Essas contribui&ccedil;&otilde;es ajudar&atilde;o a formar um diagn&oacute;stico detalhado que servir&aacute; de base para o desenvolvimento do plano de trabalho do projeto.
A especialista em Responsabilidade Social da Bracell, Milena Oliveira, destaca a import&acirc;ncia do semin&aacute;rio como um espa&ccedil;o de constru&ccedil;&atilde;o coletiva. &ldquo;O evento possibilita a constru&ccedil;&atilde;o de um diagn&oacute;stico inicial da rede educacional e cria um espa&ccedil;o para escutar as diversas vozes que comp&otilde;em a comunidade escolar", afirma.
A coordenadora pedag&oacute;gica territorial do Icep, Ana Falc&atilde;o, refor&ccedil;a que esse tipo de escuta &eacute; essencial para entender melhor as pr&aacute;ticas de ensino-aprendizagem. &ldquo;A troca de experi&ecirc;ncias permite uma vis&atilde;o mais detalhada sobre como o ensino &eacute; concebido e como a comunidade enxerga o ensino p&uacute;blico em seu munic&iacute;pio", pontua.
O lan&ccedil;amento do Projeto de Educa&ccedil;&atilde;o Continuada em Apor&aacute; &eacute; mais um passo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; melhoria da qualidade educacional na Bahia, um estado que ainda enfrenta desafios hist&oacute;ricos no setor, mas que vem mostrando avan&ccedil;os significativos nos &uacute;ltimos anos.

A educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica em Salvador, tem sido ponto de destaque, e enfrenta uma s&eacute;rie de desafios que v&ecirc;m comprometendo a qualidade do ensino e gerando cr&iacute;ticas por parte de especialistas, educadores e institui&ccedil;&otilde;es de controle. Mesmo com investimentos anunciados, escolas estaduais e municipais continuam com desempenho abaixo da m&eacute;dia em avalia&ccedil;&otilde;es como o Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (ENEM) e o &Iacute;ndice de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (IDEB).
Especialistas criticam &ldquo;aprova&ccedil;&atilde;o autom&aacute;tica&rdquo; e falta de infraestrutura, sem melhorias consistentes, escolas baianas seguem com baixos &iacute;ndices no ENEM e IDEB; Minist&eacute;rio P&uacute;blico acompanha caso da progress&atilde;o continuada.
Al&eacute;m do baixo rendimento, a infraestrutura das unidades escolares preocupa. Muitas institui&ccedil;&otilde;es operam em condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias, com salas de aula mal ventiladas, falta de materiais pedag&oacute;gicos e car&ecirc;ncia de recursos tecnol&oacute;gicos, cen&aacute;rio que compromete diretamente o processo de ensino-aprendizagem.
Outro tema que tem ganhado repercuss&atilde;o negativa &eacute; a implementa&ccedil;&atilde;o da progress&atilde;o continuada. A medida, que tem como objetivo reduzir os &iacute;ndices de repet&ecirc;ncia escolar, est&aacute; sendo apontada por especialistas como uma pol&iacute;tica que, sem crit&eacute;rios pedag&oacute;gicos claros, pode se transformar em &ldquo;aprova&ccedil;&atilde;o autom&aacute;tica&rdquo;.
De acordo com o site #Acesse Pol&iacute;tica, educadores ouvidos alertam que a pr&aacute;tica pode comprometer seriamente a qualidade do ensino. &ldquo;Voc&ecirc; engana os n&uacute;meros, mas n&atilde;o engana o aprendizado. Aprovar por aprovar n&atilde;o &eacute; inclus&atilde;o, &eacute; abandono disfar&ccedil;ado&rdquo;, disse uma professora &agrave; reportagem.
Com a aproxima&ccedil;&atilde;o das elei&ccedil;&otilde;es municipais, o tema pode se tornar mais um ponto sens&iacute;vel para o governo Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT), que j&aacute; enfrenta cr&iacute;ticas em outras &aacute;reas da gest&atilde;o. O Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA) acompanha o caso e pode recomendar a revoga&ccedil;&atilde;o da portaria que regulamenta a progress&atilde;o continuada, caso sejam identificadas falhas graves no processo.
Com a proximidade do per&iacute;odo eleitoral, o caso pode se transformar em um novo foco de desgaste para a imagem do governo Jer&ocirc;nimo, que tem enfrentado cr&iacute;ticas tamb&eacute;m em outras &aacute;reas da gest&atilde;o. O Minist&eacute;rio P&uacute;blico segue acompanhando o caso e poder&aacute; recomendar a revoga&ccedil;&atilde;o da portaria caso as falhas n&atilde;o sejam corrigidas.
Bras&iacute;lia &ndash; Ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o em parte da imprensa sobre a suposta aprova&ccedil;&atilde;o de estudantes sem a nota necess&aacute;ria e a presen&ccedil;a em sala de aula na Bahia, o deputado federal Capit&atilde;o Alden (PL-BA), membro titular da Comiss&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara Federal, afirmou que enviar&aacute; of&iacute;cio ao Governo do Estado cobrando esclarecimentos sobre a den&uacute;ncia que considerou grave.
Para o parlamentar, o simples fato de Jer&ocirc;nimo Rodrigues ter sido secret&aacute;rio de Educa&ccedil;&atilde;o na Bahia era para a referida pasta ser refer&ecirc;ncia em sua gest&atilde;o. &ldquo;O Governo do Estado n&atilde;o pode brincar de fazer Educa&ccedil;&atilde;o na Bahia! Enviarei of&iacute;cio para saber detalhadamente o que est&atilde;o fazendo com nossos estudantes&rdquo;, afirma Alden (PL-BA).
De acordo com o pol&iacute;tico, a Educa&ccedil;&atilde;o estadual segue figurante com indicadores negativos e isso para ele &eacute; o reflexo da falta de aten&ccedil;&atilde;o da gest&atilde;o petista com a referida &aacute;rea. &ldquo;Em 2024, o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) divulgou que a Bahia n&atilde;o atingiu as metas estabelecidas pelo MEC, o estado deveria ter alcan&ccedil;ado uma nota de 4,5 para o Ensino M&eacute;dio, mas obteve apenas 3,7 isso &eacute; um absurdo&rdquo;, pontua Alden (PL-BA).