A Secretaria da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Bahia (SSP), por meio da Superintend&ecirc;ncia de Gest&atilde;o Tecnol&oacute;gica e Organizacional (SGTO), participa da RoboCup 2025 com a apresenta&ccedil;&atilde;o de solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas inovadoras voltadas para a seguran&ccedil;a p&uacute;blica. O evento internacional acontece entre os dias 17 e 20 de julho, no Centro de Conven&ccedil;&otilde;es, em Salvador.
Entre as tecnologias que ser&atilde;o exibidas no estande da SSP, destacam-se aplica&ccedil;&otilde;es em tempo real de Intelig&ecirc;ncia Artificial (IA) para identifica&ccedil;&atilde;o de pessoas, contagem de p&uacute;blico e detec&ccedil;&atilde;o de movimentos. As solu&ccedil;&otilde;es utilizam vis&atilde;o computacional embarcada em c&acirc;meras e drones, oferecendo suporte avan&ccedil;ado para a&ccedil;&otilde;es de vigil&acirc;ncia, monitoramento e resposta r&aacute;pida em ambientes urbanos complexos.
Al&eacute;m da exibi&ccedil;&atilde;o das tecnologias, os visitantes poder&atilde;o participar de demonstra&ccedil;&otilde;es interativas e conhecer de perto como os recursos anal&iacute;ticos utilizados pela pasta t&ecirc;m contribu&iacute;do para aprimorar a consci&ecirc;ncia situacional e a efici&ecirc;ncia operacional das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a.
Segundo a Superintend&ecirc;ncia de Gest&atilde;o Tecnol&oacute;gica e Organizacional (SGTO), a participa&ccedil;&atilde;o na RoboCup refor&ccedil;a o compromisso da SSP com a inova&ccedil;&atilde;o e a busca por ferramentas que apoiem decis&otilde;es estrat&eacute;gicas em tempo real. &ldquo;A tecnologia tem sido uma aliada fundamental na preven&ccedil;&atilde;o e no enfrentamento da criminalidade. Estar presente em um evento como a RoboCup &eacute; uma oportunidade de compartilhar experi&ecirc;ncias e acompanhar as tend&ecirc;ncias globais em automa&ccedil;&atilde;o e intelig&ecirc;ncia artificial&rdquo;, destaca.
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: 'Calibri',sans-serif; mso-fareast-font-family: Aptos; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">A RoboCup &eacute; considerada a maior competi&ccedil;&atilde;o e confer&ecirc;ncia internacional de rob&oacute;tica e intelig&ecirc;ncia artificial do mundo, reunindo pesquisadores, profissionais da &aacute;rea de tecnologia e estudantes de diversos pa&iacute;ses. Esta &eacute; a primeira vez que o evento &eacute; realizado na Am&eacute;rica do Sul.

A Prefeitura de Salvador est&aacute; se movimentando para modernizar significativamente sua estrutura de seguran&ccedil;a p&uacute;blica, nesta segunda-feira (7), anunciou durante reuni&atilde;o no Pal&aacute;cio Thom&eacute; de Souza, o in&iacute;cio dos preparativos para implantar tecnologias de ponta no combate &agrave; viol&ecirc;ncia na capital baiana. Mesmo sendo constitucionalmente uma responsabilidade do Governo do Estado, a seguran&ccedil;a p&uacute;blica ser&aacute; refor&ccedil;ada pela gest&atilde;o municipal por meio de solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas inovadoras, como o uso de drones israelenses e um sistema de videomonitoramento com reconhecimento facial, inspirado no modelo Smart Sampa, de S&atilde;o Paulo.
O encontro foi liderado pelo prefeito Bruno Reis e contou com a presen&ccedil;a de diversos representantes da administra&ccedil;&atilde;o municipal, entre eles o secret&aacute;rio de Inova&ccedil;&atilde;o e Tecnologia, Alberto Braga; o presidente da Companhia de Governan&ccedil;a Eletr&ocirc;nica (Cogel), Samuel Ara&uacute;jo; e o diretor-geral de Seguran&ccedil;a Urbana e Preven&ccedil;&atilde;o &agrave; Viol&ecirc;ncia, Humberto Sturaro.
Durante a reuni&atilde;o, foram discutidas duas principais iniciativas: o uso de drones de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o, j&aacute; empregados em Israel, e a ado&ccedil;&atilde;o de c&acirc;meras com intelig&ecirc;ncia artificial e reconhecimento facial. As tecnologias devem ser integradas ao Centro de Controle Operacional (CCO) de Salvador.
Al&eacute;m disso, o munic&iacute;pio pretende ampliar sua atual rede de 3,7 mil c&acirc;meras, incorporando equipamentos com reconhecimento facial e integrando imagens de sistemas privados, como os de condom&iacute;nios, com&eacute;rcios e resid&ecirc;ncias. A proposta segue o exemplo do programa Smart Sampa, de S&atilde;o Paulo, que conta com mais de 26 mil c&acirc;meras espalhadas pela capital paulista. Em 2025, o sistema colaborou na pris&atilde;o de 2.746 pessoas em flagrante, na captura de 1.410 foragidos e na localiza&ccedil;&atilde;o de 73 desaparecidos.
Durante visita t&eacute;cnica &agrave; capital paulista em abril deste ano, autoridades municipais de Salvador conheceram de perto o funcionamento do Smart Sampa, considerado o maior sistema de videomonitoramento com intelig&ecirc;ncia artificial da Am&eacute;rica Latina. O modelo &eacute; integrado a bancos de dados estaduais e federais, permitindo atua&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida e precisa das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a.
Al&eacute;m do combate direto ao crime, as c&acirc;meras inteligentes tamb&eacute;m auxiliam no monitoramento de escolas e unidades de sa&uacute;de, na preven&ccedil;&atilde;o de atos de vandalismo, no furto de cabos e na fiscaliza&ccedil;&atilde;o de descarte irregular de lixo.
A iniciativa da Prefeitura de Salvador reflete um esfor&ccedil;o concreto para modernizar a seguran&ccedil;a p&uacute;blica por meio de tecnologia, a previs&atilde;o &eacute; que as primeiras fases do projeto comecem a ser implantadas ainda neste segundo semestre, com foco na integra&ccedil;&atilde;o dos equipamentos ao novo centro de opera&ccedil;&otilde;es e na realiza&ccedil;&atilde;o de testes-pilotos com os drones e as c&acirc;meras inteligentes.

A seguran&ccedil;a p&uacute;blica &eacute; um dos maiores desafios enfrentados pelo governo estadual,&nbsp; com altas taxas de viol&ecirc;ncia e letalidade policial, e isso se reflete diretamente em Salvador e Regi&atilde;o Metropolitana, que concentram grande parte da viol&ecirc;ncia no estado. A situa&ccedil;&atilde;o &eacute; marcada por um elevado n&uacute;mero de homic&iacute;dios, principalmente entre os jovens da periferia, e pela presen&ccedil;a de fac&ccedil;&otilde;es criminosas disputando territ&oacute;rios.
O estado conta com uma Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (SSP/BA) respons&aacute;vel por formular e executar pol&iacute;ticas de seguran&ccedil;a e defesa social, al&eacute;m de projetos como:&nbsp; Alerta Cidad&atilde;o e C&acirc;mara Interativa. No entanto, a Bahia ainda lidera o ranking nacional em mortes por interven&ccedil;&atilde;o policial, com n&uacute;meros alarmantes em 2023 e 2025.
Desde 2023, Jer&ocirc;nimo Rodrigues se destaca como o pior governador do PT no estado, agravando problemas socioecon&ocirc;micos, com destaque para o aumento da viol&ecirc;ncia e a estagna&ccedil;&atilde;o na educa&ccedil;&atilde;o. Sua administra&ccedil;&atilde;o, marcada por promessas n&atilde;o cumpridas e aus&ecirc;ncia de entregas significativas, tem deixado a Bahia ref&eacute;m de &iacute;ndices alarmantes, especialmente na seguran&ccedil;a p&uacute;blica.
H&aacute; uma cr&iacute;tica de que a pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a tem se mostrado muito repressiva e n&atilde;o tem gerado solu&ccedil;&otilde;es a longo prazo, principalmente porque a aus&ecirc;ncia de pol&iacute;ticas sociais em bairros perif&eacute;ricos ainda alimenta o ciclo da viol&ecirc;ncia.
O aumento da viol&ecirc;ncia &eacute; atribu&iacute;do &agrave; falta de investimento na Pol&iacute;cia Militar e &agrave; aus&ecirc;ncia de respaldo aos agentes de seguran&ccedil;a. Durante os governos do PT, especialmente sob a gest&atilde;o de Jer&ocirc;nimo, a Pol&iacute;cia Militar enfrentou condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias, com viaturas sucateadas, falta de equipamentos modernos e efetivo insuficiente para cobrir o estado.&nbsp;
Promessas de campanha, como a implementa&ccedil;&atilde;o de c&acirc;meras nos uniformes policiais e viaturas blindadas, n&atilde;o foram totalmente cumpridas, deixando os agentes desmotivados e sem ferramentas adequadas para combater o crime.&nbsp;
Essa neglig&ecirc;ncia fortaleceu as fac&ccedil;&otilde;es criminosas, que expandiram sua influ&ecirc;ncia em Salvador, na Regi&atilde;o Metropolitana e no interior do estado. Jer&ocirc;nimo &eacute; criticado por sua ina&ccedil;&atilde;o, com relatos de prefeitos pressionados a lidar com a criminalidade sem apoio estadual. Desde janeiro de 2023, o ent&atilde;o governador n&atilde;o apresentou realiza&ccedil;&otilde;es relevantes, agravando problemas hist&oacute;ricos.&nbsp;
Em entrevista ao jornal Correio, o especialista em Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Rodrigo Pimentel tra&ccedil;ou um panorama preocupante da viol&ecirc;ncia na Bahia. Com base em dados oficiais e an&aacute;lises t&eacute;cnicas, ele aponta falhas estruturais nas pol&iacute;ticas de seguran&ccedil;a e critica a falta de prioridade dada ao tema pelos governos do PT no estado. Al&eacute;m disso, analisa as consequ&ecirc;ncias econ&ocirc;micas da criminalidade e defende medidas firmes e urgentes para conter o avan&ccedil;o das fac&ccedil;&otilde;es.
&Eacute; percept&iacute;vel que a viol&ecirc;ncia explodiu devido &agrave; falta de investimento na Pol&iacute;cia Militar e &agrave; aus&ecirc;ncia de respaldo aos agentes de seguran&ccedil;a, enquanto a educa&ccedil;&atilde;o permanece estagnada, com promessas n&atilde;o cumpridas e infraestrutura prec&aacute;ria.&nbsp;
A inseguran&ccedil;a continua sendo um grande desafio para a cidade, e as promessas n&atilde;o foram cumpridas com a rapidez e efic&aacute;cia desejadas. A viol&ecirc;ncia segue sendo um problema grave, com a taxa de homic&iacute;dios ainda alta em diversas regi&otilde;es de Salvador e Regi&atilde;o Metropolitana.

A escalada da viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e do feminic&iacute;dio na Bahia revela uma grave crise de prote&ccedil;&atilde;o &agrave;s mulheres e exige a&ccedil;&atilde;o imediata das autoridades estaduais. De acordo com dados oficiais do Portal da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Bahia, o estado registrou, em 2024, uma taxa alarmante de 1,4 feminic&iacute;dios a cada 100 mil mulheres, com a maioria dos casos ocorrendo dentro da casa da v&iacute;tima, muitas vezes cometidos por parceiros &iacute;ntimos e utilizando armas brancas.
Este cen&aacute;rio, j&aacute; tr&aacute;gico por si s&oacute;, &eacute; agravado pela insufici&ecirc;ncia das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas implementadas at&eacute; o momento. A baixa capacidade de acolhimento em casas de abrigo, denunciada inclusive pela pr&oacute;pria Casa Abrigo da Mulher, demonstra que o Estado tem falhado em oferecer suporte real e seguro &agrave;s mulheres em situa&ccedil;&atilde;o de risco.
A sociedade civil, movimentos sociais e especialistas v&ecirc;m denunciando a demora nas respostas institucionais, a aus&ecirc;ncia de pol&iacute;ticas preventivas eficazes e a falta de investimentos concretos em programas de prote&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o se trata apenas de reagir aos crimes j&aacute; cometidos, mas de construir uma rede de apoio e preven&ccedil;&atilde;o capaz de salvar vidas.
As cr&iacute;ticas ao governo estadual intensificaram-se em 2024, principalmente por conta da lentid&atilde;o na resposta aos casos, da falta de efetividade das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas j&aacute; existentes, e da baixa capacidade de acolhimento das mulheres em situa&ccedil;&atilde;o de risco. A Casa Abrigo da Mulher, por exemplo, reportou um aumento na demanda, mas o n&uacute;mero de mulheres efetivamente acolhidas permaneceu aqu&eacute;m do necess&aacute;rio.
Al&eacute;m disso, aponta-se a aus&ecirc;ncia de a&ccedil;&otilde;es mais abrangentes e preventivas, como programas de educa&ccedil;&atilde;o de g&ecirc;nero, forma&ccedil;&atilde;o de profissionais da seguran&ccedil;a e sa&uacute;de, e campanhas permanentes de conscientiza&ccedil;&atilde;o. A lacuna entre o discurso institucional e a implementa&ccedil;&atilde;o real de pol&iacute;ticas eficazes contribui para a perpetua&ccedil;&atilde;o do ciclo de viol&ecirc;ncia.
Diante deste cen&aacute;rio, cresce a press&atilde;o por uma pol&iacute;tica p&uacute;blica mais robusta, integrada e com or&ccedil;amento garantido, que envolva n&atilde;o apenas os &oacute;rg&atilde;os de seguran&ccedil;a, mas tamb&eacute;m educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, justi&ccedil;a e assist&ecirc;ncia social. Sem isso, o Estado continuar&aacute; falhando em sua responsabilidade de proteger as mulheres baianas.
Com a insufici&ecirc;ncia das medidas adotadas pelo Governo do Estado da Bahia para conter a escalada da viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero. A demora na resposta aos casos, o baixo n&uacute;mero de acolhimentos em casas de abrigo, mesmo diante do aumento da demanda, e a falta de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas mais efetivas e integradas configuram um quadro de omiss&atilde;o institucional que n&atilde;o pode ser ignorado.
Diante disso, o governo deve adotar medidas como a amplia&ccedil;&atilde;o imediata do n&uacute;mero de casas-abrigo e vagas de acolhimento; fortalecimento da rede de prote&ccedil;&atilde;o &agrave; mulher com profissionais capacitados e recursos garantidos; ado&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas intersetoriais e de car&aacute;ter preventivo; prioriza&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es de enfrentamento &agrave; viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero no or&ccedil;amento estadual. A prote&ccedil;&atilde;o das mulheres n&atilde;o pode ser tratada como pauta secund&aacute;ria. &Eacute; dever do Estado garantir a vida e a dignidade de todas.