Manoel Vitório destaca solidez fiscal da Bahia e rebate críticas da oposição
Secretário da Fazenda afirma que o Estado mantém dívida em queda, lidera investimentos no país e segue com capacidade ampliada de crédito
Por: Redação
04/12/2025 • 17h02 • Atualizado
O secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, publicou um artigo que detalha a situação fiscal da Bahia e rebate críticas sobre a capacidade de investimento do Estado. No texto, ele afirma que parte da oposição insiste em um “negacionismo” que ignora indicadores econômicos e avanços concretos nas finanças públicas e nos investimentos realizados pela gestão atual.
Vitório explica que os investimentos governamentais são feitos com recursos próprios ou por meio de operações de crédito, disponíveis somente aos estados que têm boa saúde fiscal e bom histórico de pagamento. “O Estado da Bahia deve apenas 33% de sua receita corrente líquida, em contraste com grandes estados brasileiros que passam dos 100%”, afirmou.
O secretário destacou que a Bahia mantém trajetória contínua de redução do endividamento. “O endividamento do governo baiano correspondeu a 182% da receita em 2002. Chegou a 37% em 2024 e continua decrescendo”. Segundo ele, esse cenário permite ao Estado manter acesso ao aval da União para novas operações de crédito.
Em comparação com outras unidades da federação, Vitório frisou a solidez baiana. “A dívida do Rio de Janeiro equivale hoje a 202% da receita, a do Rio Grande do Sul a 176%, a de Minas Gerais a 150%, e a de São Paulo, a 121%”, enumeraram. Ele também lembrou que a Bahia deve à União R$ 5,9 bilhões, enquanto estados mais ricos acumulam dívidas muito maiores, São Paulo, por exemplo, deve R$ 295,6 bilhões. “Somos a sétima economia do país, mas nossa dívida é muito menor”, ressaltou.
Vitório reafirmou que a solidez fiscal do Estado tem permitido que a maior parte dos investimentos seja feita com recursos próprios. "A Bahia cumpre com folga a regra de ouro para finanças públicas. Dos investimentos já realizados, 74% contaram com recursos da própria caixa estadual", reforçou.
Segundo ele, apenas na atual gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT), os investimentos já somam R$ 20,2 bilhões. “A Bahia tornou-se líder nacional ao desbancar São Paulo e somou R$ 4,17 bilhões investidos em 2025”, disse.
Desde 2023, 18 operações de crédito foram contratadas, totalizando R$ 9,01 bilhões. Desse montante, R$ 5,4 bilhões já foram aplicados, restando R$ 3,7 bilhões a serem liberados pelas instituições financeiras. Os empréstimos, em conformidade com a legislação, destinam-se exclusivamente a investimentos ou à melhoria do perfil da dívida.
Outras operações aprovadas pela Assembleia Legislativa aguardam as etapas da análise do Tesouro Nacional. Entre elas, estão financiamentos direcionados ao pagamento de precatórios e à substituição de empréstimos antigos por linhas de crédito com juros menores.
O secretário também destacou impactos diretos dos investimentos públicos na economia e no desenvolvimento do estado. “Sem a presença do Estado, não teria BYD em Camaçari”, afirmou, citando a instalação da montadara chinesa como exemplo da ação indutora do governo.
Vitório listou ainda obras e programas que vêm sendo executados em toda a Bahia: o VLT de Salvador, escolas de tempo integral, hospitais, policlínicas, milhares de quilômetros de rodovias requalificadas, investimentos em segurança pública e ações de infraestrutura hídrica. "Esses projetos mantêm a Bahia na trilha do desenvolvimento e estão à vista de todos. É preciso ser negacionista para não enxergar", concluiu.

