Na próxima sexta-feira, 11 de julho, Salvador será palco da segunda edição do evento “Decodificando: Diálogos entre a Geração Cidadã de Dados, a Lei Geral de Proteção de Dados e a Justiça Racial”, uma iniciativa que une tecnologia, direito digital e justiça social, que reunirá especialistas, comunicadores, estudantes e organizações da sociedade civil para discutir o protagonismo das periferias na proteção de dados.

Promovido pelo Instituto Decodifica, em parceria com o Instituto Mancala e o Laboratório de Inovação e Direitos Digitais da Universidade Federal da Bahia (Labid²/UFBA), o evento visa ampliar o acesso e a compreensão da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nas comunidades periféricas, com atenção especial à população negra.

A programação conta com oficinas, rodas de conversa, exibição de websérie e uma intervenção artística, criando um ambiente participativo e acessível para discutir temas muitas vezes restritos a espaços técnicos ou jurídicos. Especialistas das áreas de tecnologia, direito digital e justiça racial irão conduzir os debates.

O evento integra uma série de encontros nacionais sobre o tema e, após Salvador, será realizado também em São Paulo. A capital baiana foi escolhida como sede desta edição por seu simbolismo na luta por justiça racial e sua importância cultural e histórica no país. “Salvador é referência quando falamos de resistência negra, cultura periférica e mobilização comunitária. É um território estratégico para discutir justiça digital com quem mais precisa estar nesse debate”, destaca a organização do evento.

O Instituto Decodifica, responsável pela idealização do projeto, trabalha com o conceito de “Geração Cidadã de Dados”, que incentiva a apropriação das ferramentas digitais por parte das populações periféricas como instrumento de transformação social e enfrentamento das desigualdades.

A iniciativa pretende desmistificar o tema da proteção de dados e criar caminhos para que as políticas públicas e as legislações, como a LGPD, sejam aplicadas de forma equitativa, incluindo as vozes e necessidades dos territórios historicamente excluídos.