A 22ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) foi oficialmente aberta nesta quarta-feira (22), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, pelo governador Jerônimo Rodrigues. O evento, que se estende até domingo (26), reúne mais de 400 atividades científicas e tecnológicas em 10 municípios baianos, com o objetivo de aproximar a população da ciência e promover discussões sobre seu impacto no cotidiano.

Durante a cerimônia de abertura, o governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância de transformar a sociedade em agente científico. “A ciência surge da curiosidade e da necessidade de resolver os problemas locais. Quando aproximamos a ciência da sociedade, conseguimos não apenas divulgar conhecimento, mas também fortalecer a cultura científica”, afirmou

Com o tema deste ano, “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, a SNCT coloca em pauta questões ambientais urgentes, alinhando a ciência com a preservação dos ecossistemas. Em sua fala, Jerônimo destacou que a Bahia, com sua rica biodiversidade, está comprometida em promover uma ciência aplicada que seja capaz de gerar soluções para os desafios enfrentados pela sociedade.

Além da abertura da SNCT, o evento também marcou o lançamento de várias iniciativas de impacto para a ciência e tecnologia do estado. Entre os destaques está a autorização para o início das obras de recuperação do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia, localizado no bairro do Imbuí, que contará com um investimento de R$ 4,5 milhões. A revitalização do museu visa tornar o espaço mais acessível e interativo, promovendo ainda mais o engajamento do público com a ciência.

“O Museu é um símbolo do nosso compromisso com a educação e a ciência. Ele representa o aprendizado do passado e a inovação para o futuro. A recuperação desse espaço é uma demonstração de que estamos avançando com seriedade em direção a um futuro mais científico e sustentável para a Bahia”, destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcius Gomes.

A cerimônia também contou com a presença de estudantes que estão se destacando nas olimpíadas científicas, como as irmãs gêmeas Letícia e Luísa Santana. Letícia, medalhista de ouro no Torneio Nacional de Astronomia de 2024, compartilhou sua motivação para seguir na carreira científica. “A ciência nos impulsiona a olhar o mundo com curiosidade. Quando encontramos soluções para problemas reais, entendemos que o conhecimento tem o poder de transformar a sociedade”, afirmou.

Luísa, que administra um canal de divulgação científica nas redes sociais, também falou sobre a importância da matemática e das finanças na inovação. “A ciência é a chave para enfrentarmos desafios como as mudanças climáticas e a preservação dos ecossistemas. A Bahia tem um papel fundamental nesse processo de adaptação e transformação”, completou.

Um dos momentos mais importantes da solenidade foi a posse do Comitê Intersetorial PopCiência Jovem, criado com o objetivo de promover e monitorar iniciativas científicas voltadas para as juventudes baianas. O comitê, que será responsável por acompanhar projetos e incentivar o engajamento de jovens na ciência, reafirma o compromisso do governo estadual com a democratização do conhecimento.

A professora Solange Salete, uma das empossadas para o comitê, destacou a relevância da inclusão da juventude no processo científico. “O Estado da Bahia conseguiu unir a dimensão acadêmica com o olhar social, tornando-se um exemplo nacional de como popularizar a ciência. Garantir que o saber produzido nas escolas e universidades chegue a todos é garantir cidadania e transformação social”, afirmou.

Durante o evento, foi lançada a 4ª edição da Revista Bahia Faz Ciência, que reúne reportagens sobre projetos científicos inovadores desenvolvidos por estudantes baianos. Serão distribuídos 20 mil exemplares da publicação em escolas de todo o estado. A edição deste ano destaca experiências de jovens que aplicam a ciência no cotidiano, como o uso de fibras de coco e papel reciclado na construção civil e briquetes de bagaço de cana e casca de maracujá como fontes alternativas de energia.

O governador também anunciou o lançamento do Edital do Prêmio Bahia Faz Ciência de Jornalismo, que reconhecerá profissionais e estudantes de comunicação que se destacarem na divulgação científica. “Esse prêmio visa valorizar o trabalho da mídia na popularização da ciência e no incentivo à pesquisa e inovação em nosso estado”, concluiu.

Com o avanço de projetos como a recuperação do Museu de Ciência e Tecnologia, a criação do Comitê PopCiência Jovem e o lançamento de iniciativas como o Prêmio Bahia Faz Ciência de Jornalismo, a Bahia reafirma seu papel como um centro de inovação e popularização do conhecimento no Brasil. A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2025 é, sem dúvida, um marco para a ciência baiana e um convite para que a sociedade se engaje de forma mais ativa no processo de transformação social através do conhecimento científico.

O evento segue até o próximo domingo, 26 de outubro, e promete ser uma plataforma de engajamento e aprendizado para todos os baianos.