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Magalhães, nem só de política vive o nome: A história de Pedro Paulo Paranhos de Magalhães, o jovem advogado que fez a sua própria trajetória

Por: Redação

27/09/202508h00

Foto: Arquivo Pessoal

O sobrenome Magalhães, tão presente na história política da Bahia, carrega consigo um peso que poderia facilmente desenhar o futuro de qualquer filho de Paulo Magalhães, deputado federal com uma longa e respeitada carreira. Mas, Pedro Paulo Paranhos de Magalhães, o filho mais novo do político, tomou um caminho diferente, tão inesperado quanto revelador. A escolha do Direito, e não da política, veio de dentro, como um convite para ser fiel à sua própria essência.

Desde cedo, Pedro Paulo conviveu com a política em sua casa. As reuniões, as viagens, as discussões acaloradas sobre o futuro do país e os projetos de lei, sempre estiveram presentes em sua rotina. Era impossível não ver, na figura do pai, um homem dedicado ao serviço público, uma verdadeira figura política. Mas Pedro Paulo, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, não se sentiu atraído por esse universo. Seu caminho seria outro.

O nome Magalhães, quando pronunciado em Salvador ou em qualquer canto da Bahia, sempre ecoa com um significado forte, muitas vezes associado à política, à liderança e à tomada de decisões que afetam a vida de milhares. No entanto, Pedro Paulo sempre soube que não queria se ver seguindo esse legado. Sua verdade estava em outro lugar, longe dos palanques e discursos inflamados.

"Desde pequeno, eu ouvia muito sobre política em casa. Meu pai sempre me ensinou que a política é um instrumento poderoso de mudança, mas eu nunca senti que esse era o meu lugar", diz Pedro Paulo com uma sinceridade que transparece em sua voz. "Eu queria poder falar de algo que me tocasse de verdade. O Direito foi onde encontrei meu caminho."

Essa decisão não foi simples. Afinal, seria muito mais fácil seguir a trilha pavimentada pela política, onde o sobrenome poderia abrir portas e criar oportunidades. Mas Pedro Paulo preferiu olhar para dentro de si e ouvir o que sua alma desejava. E a resposta foi clara: ele queria ser advogado.

Em 2014, Pedro Paulo ingressou na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a vontade de escrever a sua própria história, longe das expectativas e comparações. Durante a faculdade, se dedicou com afinco aos estudos e participou de competições jurídicas que lhe permitiram aperfeiçoar suas habilidades e fortalecer sua identidade acadêmica.

O TCC, que abordava a responsabilidade civil dos administradores de fundos de investimento, foi um reflexo do seu amadurecimento intelectual. "A escolha do tema veio da minha vontade de entender como as leis se aplicam às situações mais complexas da sociedade, aquelas que impactam diretamente as pessoas", explica Pedro Paulo.

Com o tempo, o jovem advogado descobriu que, mais do que resolver questões técnicas, sua verdadeira missão seria ajudar pessoas, ser um ponto de apoio nas adversidades da vida cotidiana. "O Direito é a minha forma de contribuir para a sociedade. Eu posso mudar a vida de alguém, posso dar voz a quem não a tem", diz com um brilho no olhar, a certeza de que seu caminho estava, finalmente, traçado.

Mas o que se destaca na trajetória de Pedro Paulo não é apenas a competência técnica. Ele tem um compromisso claro com a ética e com a justiça. Em um ambiente jurídico que muitas vezes pode ser frio e impessoal, Pedro Paulo traz consigo uma abordagem humana. Para ele, não se trata apenas de ganhar ou perder um caso. Trata-se de fazer o que é certo e dar aos seus clientes a confiança de que estão sendo representados da melhor maneira possível.

Apesar de seguir um caminho próprio, Pedro Paulo não nega as influências de sua família, especialmente a de seu pai. A relação entre pai e filho é de respeito mútuo. Embora o deputado Paulo Magalhães tenha sido uma figura política de destaque, sempre houve um entendimento de que o caminho de Pedro Paulo seria, de fato, diferente.

"Meu pai sempre me incentivou a ser quem eu sou, e isso é algo que sou muito grato. Ele sempre disse que o mais importante era eu ser feliz com as minhas escolhas", diz Pedro Paulo, com um sorriso tranquilo. "Nosso vínculo é muito forte, mas ele nunca me pressionou a seguir a política. Ele sabe que o meu caminho é o Direito."

Esse apoio incondicional de seu pai foi fundamental para que Pedro Paulo pudesse se libertar das amarras das expectativas externas e se lançar no mundo jurídico com confiança e autonomia. E hoje, mesmo com as duas trajetórias tão distintas, há um respeito profundo entre pai e filho.

A história de Pedro Paulo é um lembrete de que, por mais que você possa se distanciar do sobrenome, não pode fugir de um legado. O futuro de Pedro Paulo permanece uma incógnita. O que está claro é que, ao completar 29 anos, ele tem a autonomia e a confiança para definir seu próprio destino, mesmo que, lá na frente, a política ainda possa surgir como uma possibilidade.

Mas, uma pergunta ainda paira no ar: será que, com o tempo, ele vai conseguir mesmo com o DNA político do sobrenome que carrega, viver às margens da vida pública? Sem estar inserido diretamente nela?

Só o futuro saberá...