Denúncia sobre a qualidade da educação na Bahia veio à tona
Nesta semana, o Governo do Estado é colocado sob pressão
Por: Redação
08/07/2025 • 12h00 • Atualizado
A educação pública em Salvador, tem sido ponto de destaque, e enfrenta uma série de desafios que vêm comprometendo a qualidade do ensino e gerando críticas por parte de especialistas, educadores e instituições de controle. Mesmo com investimentos anunciados, escolas estaduais e municipais continuam com desempenho abaixo da média em avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Especialistas criticam “aprovação automática” e falta de infraestrutura, sem melhorias consistentes, escolas baianas seguem com baixos índices no ENEM e IDEB; Ministério Público acompanha caso da progressão continuada.
Além do baixo rendimento, a infraestrutura das unidades escolares preocupa. Muitas instituições operam em condições precárias, com salas de aula mal ventiladas, falta de materiais pedagógicos e carência de recursos tecnológicos, cenário que compromete diretamente o processo de ensino-aprendizagem.
Outro tema que tem ganhado repercussão negativa é a implementação da progressão continuada. A medida, que tem como objetivo reduzir os índices de repetência escolar, está sendo apontada por especialistas como uma política que, sem critérios pedagógicos claros, pode se transformar em “aprovação automática”.
De acordo com o site #Acesse Política, educadores ouvidos alertam que a prática pode comprometer seriamente a qualidade do ensino. “Você engana os números, mas não engana o aprendizado. Aprovar por aprovar não é inclusão, é abandono disfarçado”, disse uma professora à reportagem.
Com a aproximação das eleições municipais, o tema pode se tornar mais um ponto sensível para o governo Jerônimo Rodrigues (PT), que já enfrenta críticas em outras áreas da gestão. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acompanha o caso e pode recomendar a revogação da portaria que regulamenta a progressão continuada, caso sejam identificadas falhas graves no processo.
Com a proximidade do período eleitoral, o caso pode se transformar em um novo foco de desgaste para a imagem do governo Jerônimo, que tem enfrentado críticas também em outras áreas da gestão. O Ministério Público segue acompanhando o caso e poderá recomendar a revogação da portaria caso as falhas não sejam corrigidas.
Brasília – Após a divulgação em parte da imprensa sobre a suposta aprovação de estudantes sem a nota necessária e a presença em sala de aula na Bahia, o deputado federal Capitão Alden (PL-BA), membro titular da Comissão de Educação na Câmara Federal, afirmou que enviará ofício ao Governo do Estado cobrando esclarecimentos sobre a denúncia que considerou grave.
Para o parlamentar, o simples fato de Jerônimo Rodrigues ter sido secretário de Educação na Bahia era para a referida pasta ser referência em sua gestão. “O Governo do Estado não pode brincar de fazer Educação na Bahia! Enviarei ofício para saber detalhadamente o que estão fazendo com nossos estudantes”, afirma Alden (PL-BA).
De acordo com o político, a Educação estadual segue figurante com indicadores negativos e isso para ele é o reflexo da falta de atenção da gestão petista com a referida área. “Em 2024, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que a Bahia não atingiu as metas estabelecidas pelo MEC, o estado deveria ter alcançado uma nota de 4,5 para o Ensino Médio, mas obteve apenas 3,7 isso é um absurdo”, pontua Alden (PL-BA).

