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Bahia descarta casos suspeitos de intoxicação por metanol e reforça ações de monitoramento

Estado reforça medidas integradas de monitoramento e fiscalização para garantir segurança da população

Por: Redação

06/10/202510h38

Foto: Matheus Landim/GOVBA

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) descartou, neste domingo (5), os dois casos suspeitos de intoxicação por metanol registrados no estado. A informação foi confirmada após a realização de exames laboratoriais e investigações conjuntas das autoridades locais. A decisão foi tomada durante uma reunião presidida pela secretária da Saúde, Roberta Santana, na sede da Sesab, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O primeiro caso, registrado em Feira de Santana, envolvia a morte de um indivíduo. Contudo, o laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT) indicou que o óbito não foi causado por intoxicação por metanol. O segundo caso, em Salvador, envolveu uma mulher de 23 anos que procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após análise clínica e laboratorial, a intoxicação por metanol também foi descartada, com a paciente apresentando melhora significativa e a bebida consumida sendo considerada de procedência regular.

A secretária Roberta Santana enfatizou que o governo estadual tomou providências imediatas para monitorar e investigar potenciais casos de intoxicação, com uma atuação integrada entre as áreas da saúde, segurança pública e o Ministério da Agricultura. "Estamos adotando ações articuladas em três frentes principais: monitoramento e investigação dos casos, manejo clínico dos pacientes e fiscalização efetiva da vigilância", destacou.

A reunião contou com a presença de diversos representantes do governo e órgãos de fiscalização, como o secretário da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e o superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Fábio Rodrigues, entre outros.

De acordo com a Sesab, a Bahia segue um rigoroso fluxograma para a condução de casos suspeitos de intoxicação por metanol, que inclui coleta laboratorial específica e o acionamento imediato do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox-BA). O protocolo também prevê o uso de antídotos, como etanol farmacêutico ou fomepizol, e, em casos graves, a possibilidade de hemodiálise.

A comunicação eficiente entre as unidades hospitalares e a Central Estadual de Regulação (CER) é essencial para garantir uma resposta ágil e integrada, seja na rede estadual, municipal, filantrópica ou privada.

A fiscalização também tem sido intensificada, com o Procon-BA e outras instituições ampliando o número de investigações e operações para combater a venda de bebidas adulteradas. Felipe Freitas, secretário da Justiça e Direitos Humanos, ressaltou a importância da participação popular na identificação e denúncia de pontos de venda ilegais. "Reforçamos campanhas de orientação para consumidores e estabelecimentos comerciais, com apoio de órgãos como o Ministério Público e as associações de bares e supermercados", afirmou.

Fábio Rodrigues, do MAPA, alertou para a necessidade de regularização dos produtores de bebidas artesanais. "Produção artesanal não significa comercializar sem registro. A legislação exige que todo produtor tenha o devido registro no Ministério da Agricultura, garantindo a rastreabilidade e a segurança do consumo", explicou.

Em uma medida preventiva, a Bahia recebeu no sábado (4) um envio de 90 ampolas de etanol farmacêutico, enviadas pelo Ministério da Saúde. Esse produto é utilizado como antídoto para intoxicação por metanol e estará disponível para garantir uma resposta rápida a eventuais casos de intoxicação.

A secretária Roberta Santana afirmou que essa ação demonstra a capacidade do estado de se organizar e responder rapidamente a possíveis emergências. "A Bahia está preparada para agir com rapidez e segurança, articulando diferentes órgãos e garantindo proteção à população", concluiu a secretária.

A Bahia segue mantendo vigilância ativa, com protocolos bem definidos para a identificação e manejo de casos suspeitos de intoxicação por metanol. A resposta integrada entre órgãos de saúde, segurança e fiscalização é um modelo de atuação que visa prevenir danos à saúde pública e proteger a população baiana.

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