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Réveillon sem fogos, prefeitura sem resposta: Bruno Reis apaga Salvador enquanto tenta sair de cena

Entre falta de pagamento, silêncio oficial e aparição ao lado de empresário condenado por homofobia, prefeito enfrenta desgaste político e vê popularidade cair às vésperas do fim do ano

Por: Redação

23/12/202509h25

Foto: Política Ao Vivo

Segundo informações obtidas pela redação do site OsistemaéBruto, a empresa responsável pelo show pirotécnico, que presta o serviço há cerca de uma década, ainda não recebeu os valores devidos nem as autorizações necessárias para a montagem da estrutura, como licenças do Corpo de Bombeiros e outros órgãos reguladores. Com a proximidade da data, a realização do espetáculo se torna cada vez mais improvável.

De acordo com as apurações, não houve retorno do prefeito Bruno Reis nem do presidente da Saltur, Isaac Edington, aos responsáveis pelo serviço. O silêncio contrasta com o cenário de outras capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, que anunciaram seus eventos com antecedência e iniciaram a montagem há cerca de um mês, seguindo os protocolos técnicos exigidos.

Embora o valor do contrato não tenha sido divulgado, há relatos de que, faltando pouco mais de uma semana para o fim do ano, a prefeitura teria alegado não dispor de recursos para quitar a dívida. O episódio chama atenção especialmente diante da aprovação, pela Câmara Municipal de Salvador, de empréstimos bilionários destinados à gestão em 2025. Até o momento, o Legislativo municipal não se pronunciou sobre o impasse.

A possibilidade de Salvador ficar sem fogos na virada pode agravar ainda mais o desgaste da imagem do prefeito. De acordo com pesquisa do instituto AtlasIntel, Bruno Reis aparece com 56% de aprovação e 30% de reprovação, ocupando a décima colocação entre prefeitos de capitais brasileiras.

Em meio a esse cenário, Bruno Reis também foi alvo de críticas após passar o último fim de semana em Barra Grande, na Península de Maraú, no baixo sul da Bahia. O prefeito foi visto ao lado do empresário Herbert Moreira Dias, conhecido como Beto Meira, condenado pela Justiça a seis anos e nove meses de prisão por crimes de homofobia, lesão corporal grave e ameaça. Registros do encontro circularam em perfis ligados a estabelecimentos da região.

Segundo o Ministério Público da Bahia, os crimes atribuídos ao empresário ocorreram em junho de 2021, em Maraú. Conforme a denúncia, assinada pela promotora de Justiça Alicia Violeta Passegg, Beto Meira teria proferido ofensas homofóbicas contra um casal em via pública, além de ameaças e agressões, após se irritar com um bloqueio instalado pela prefeitura local para impedir o acesso de veículos à praia.

A aparição do prefeito ao lado de um empresário condenado por crimes de discriminação ocorre justamente em um momento de maior exposição negativa e reforça questionamentos sobre as prioridades e a condução política da gestão municipal. Entre a indefinição de um dos maiores eventos turísticos da cidade e a repercussão de alianças pessoais, Bruno Reis encerra o ano sob críticas e pressão crescente da opinião pública.

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