Pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil já vinham revelando um processo de desgaste na imagem do prefeito de Salvador, Bruno Reis, segundo a coluna Metropolítica, do Metro1. O que era tratado como preocupação reservada nos bastidores ganhou contornos mais evidentes após a divulgação, na semana passada, de levantamento do instituto AtlasIntel, que confirmou a tendência de queda na avaliação da gestão municipal.

O índice de 56% de aprovação, embora ainda majoritário, foi considerado fraco e aquém do esperado dentro do próprio partido, especialmente diante do contraste com a expressiva vitória eleitoral de Bruno Reis, reeleito com 78% dos votos. Para aliados, a diferença evidencia um descolamento entre o capital político acumulado nas urnas e a percepção atual da população sobre a administração da cidade.

Nos bastidores do União Brasil, a avaliação é de que a gestão não tem conseguido sustentar o ritmo de entregas nem responder de forma eficaz às demandas cotidianas da capital, o que vem alimentando críticas silenciosas entre aliados. A queda nos índices passou a ser vista não apenas como um problema administrativo, mas como um risco político direto ao projeto do grupo para 2026.

Salvador é considerada um dos principais pilares eleitorais do campo político liderado pelo ex-prefeito ACM Neto, e o enfraquecimento da imagem do atual gestor municipal amplia o clima de tensão interna. Dirigentes partidários avaliam que o desgaste da prefeitura pode comprometer a capacidade de mobilização e influência do grupo no estado.

Ainda de acordo com a Metropolítica, o resultado das pesquisas intensificou discussões internas sobre a necessidade de mudanças na condução da gestão, revisão de estratégias políticas e maior esforço de comunicação para tentar conter a perda de apoio popular. O levantamento do AtlasIntel funcionou como um fator de pressão adicional, ao confirmar que o problema não se restringe a diagnósticos internos.

Com o cenário exposto, o União Brasil passa a enfrentar o desafio de administrar não apenas a Prefeitura de Salvador, mas também os impactos políticos de uma gestão que começa a mostrar sinais claros de desgaste, colocando em xeque o discurso de continuidade e eficiência que sustentou o projeto eleitoral do grupo nos últimos anos.