Sindimed suspende movimento de restrição de atendimentos em protesto contra finalização de vínculos celetistas em hospitais da Bahia
A Justiça declarou ilegal a greve do Sindicato e determinou que a categoria suspendesse imediatamente a paralisação
Por: Redação
01/08/2025 • 12h08 • Atualizado
O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) anunciou, na manhã desta sexta-feira (1º), a suspensão do movimento de restrição de atendimentos em hospitais públicos da Bahia. A decisão ocorre após uma liminar da Justiça baiana, que determinou a interrupção do protesto, sob pena de multa diária de cinquenta mil reais.
O movimento, iniciado pela categoria médica em protesto contra o fim dos vínculos celetistas em diversas unidades hospitalares, atingiu as Maternidades Albert Sabin, Tsylla Balbino, Iperba, o Hospital Geral do Estado (HGE) e o Hospital Roberto Santos (HGRS). A medida gerou grande repercussão, com o sindicato afirmando que, durante todo o processo, os limites legais foram rigorosamente respeitados e a vida dos pacientes foi preservada. Apenas atendimentos eletivos, como fichas verdes e azuis, foram restringidos, com os pacientes internados recebendo atendimento normal.
O protesto visava chamar a atenção para a situação dos 529 médicos que perderiam seus vínculos celetistas devido ao processo de terceirização das unidades de saúde. Em resposta à decisão judicial, o Sindimed indicou que avaliará os próximos passos para garantir os direitos dos médicos. Para resolver a situação de forma temporária, o sindicato propôs que os 529 médicos afetados assinem contratos Reda provisórios ou CLT com empresas terceirizadas, até que as licitações previstas pelo governo sejam efetivamente realizadas.
A entidade afirmou que continuará buscando uma “negociação resolutiva” que atenda tanto às necessidades dos profissionais da saúde quanto à manutenção de uma assistência médica de qualidade à população baiana. "O Sindimed está sempre ao lado dos médicos e da saúde pública", afirmou em nota oficial.
Por enquanto, o movimento de protesto está suspenso, mas o sindicato adverte que continuará vigilante para garantir que os direitos dos médicos e a qualidade no atendimento à população não sejam comprometidos. A expectativa é de que o governo do estado tome providências imediatas para resolver a questão, com novas negociações entre o Sindimed e as autoridades de saúde.