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Professores da Rede Municipal de Salvador retornam às aulas, mas mantêm estado de greve

As atividades devem ser retomadas na próxima semana

Por: Redação

18/07/202514h59

Foto: Reprodução/APLB

Após 74 dias de paralisação e intensas manifestações, os professores da rede municipal de Salvador anunciam retorno às salas de aula, mas permanecem em estado de greve, mantendo a pressão por melhorias salariais.

Os professores da rede municipal de Salvador decidiram voltar às atividades escolares nesta sexta-feira (18). O anúncio foi feito na Quadra do Sindicato dos Bancários, onde representantes da categoria reuniram-se com o intuito de informar sobre o fim temporário da paralisação. Contudo, os educadores esclareceram que o retorno às aulas não significa o fim das reivindicações. O estado de greve permanece, permitindo que a categoria retome a mobilização a qualquer momento, caso suas demandas não sejam atendidas.

A greve, que teve início em 6 de maio, foi motivada pelo não cumprimento do pagamento do piso salarial nacional da categoria, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) em R$ 4.867,77 para o ano de 2025. Atualmente, os professores da rede municipal de Salvador recebem R$ 2.800, uma diferença significativa, que gerou insatisfação e levou à decisão de paralisar as atividades.

Durante a greve, diversos protestos, atos públicos e manifestações tomaram as ruas da cidade, com a categoria exigindo a valorização do magistério e a garantia do pagamento do piso salarial. Além disso, os educadores buscaram chamar a atenção da população e pressionar a Prefeitura de Salvador para que cumprisse a lei que estabelece o novo valor para os professores.

Apesar do retorno às aulas, o estado de greve deixa claro que a luta por melhores condições de trabalho e o cumprimento da legislação continua.

Com o retorno das atividades, as escolas da rede municipal de Salvador devem começar a retomar a rotina normal. No entanto, a categoria seguirá acompanhando de perto as negociações com a administração municipal. O retorno às aulas, com o estado de greve mantido, mostra que o protesto ainda não está totalmente encerrado, e que a categoria mantém a pressão para garantir os direitos que reivindicam.

A greve, que contou com forte apoio da população e de outras entidades sindicais, deixou claro que a luta por uma educação de qualidade está intimamente ligada à valorização dos profissionais da área. Para muitos professores, o retorno às aulas é uma vitória parcial, mas o verdadeiro êxito só será alcançado quando o piso salarial for implementado integralmente.

A previsão é de que todas as unidades de ensino da capital voltem a funcionar já na próxima semana. Atualmente, a rede municipal de Salvador atende 131 mil alunos distribuídos em 415 escolas. O calendário letivo deverá ser alterado para compensar os dois meses de paralisação, e há expectativa de que as aulas se estendam até janeiro de 2026.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA) foi procurado, mas até o fechamento da matéria não se pronunciou.

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