Escândalo ambiental: empresa da Battre renovou contrato bilionário mesmo com histórico criminoso
Revita Engenharia já teve R$ 50 milhões bloqueados e diretores presos por operar aterro irregular; Prefeitura de Salvador renovou contrato sem transparência
Por: Redação
13/08/2025 • 13h08
A Revita Engenharia, controladora da Battre, voltou a chamar atenção, mas desta vez por renovar, de forma obscura, um contrato bilionário com a Prefeitura de Salvador, mesmo carregando um histórico grave de crimes ambientais.
Em 2017, a Justiça do Pará determinou o bloqueio de mais de R$ 50 milhões da Revita, da Guamá Tratamento de Resíduos e da Solvi Participações. As empresas foram acusadas de operar um aterro sanitário de maneira irregular, provocando graves danos ao meio ambiente.
Na chamada Operação Gramacho, a Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram mandados de prisão e de busca contra diretores da companhia. As investigações apontaram que a gestão do aterro teria ocorrido com má-fé, sem os recursos necessários para o funcionamento adequado, resultando em contaminação por chorume.
O episódio reacende o debate sobre a falta de critérios e fiscalização na Prefeitura de Salvador, que optou por renovar, longe da transparência e do controle público, um contrato de bilhões de reais com uma empresa já marcada por crimes ambientais.