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Salvador tem o pior índice de alfabetização infantil do Brasil

Capital baiana segue na lanterna nacional

Por: Redação

16/07/202517h56

Foto: Reprodução/Site Galego Notícias

Pelo segundo ano consecutivo, sob o comando do prefeito Bruno Reis (União Brasil), a capital baiana amarga, o pior índice de alfabetização infantil entre todas as capitais do país. De acordo com dados divulgados na última sexta-feira (11) pelo Ministério da Educação (MEC), apenas 36,75% das crianças da rede pública municipal foram alfabetizadas em 2024, desempenho ainda inferior ao de 2023, quando o índice era de 39,2%.

O levantamento faz parte do Indicador Criança Alfabetizada, ferramenta do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), e mede a proporção de crianças que conseguem atingir o nível adequado de leitura e escrita ao final do 2º ano do ensino fundamental. O índice representa uma queda em relação ao ano anterior, quando o percentual era de 39,2%, e coloca Salvador abaixo da meta nacional de 45,52%. A cidade também está bem distante da média nacional, que foi de 59,2%.

O resultado chega em meio a uma greve dos professores da rede municipal, que já dura mais de 70 dias. A paralisação foi motivada por denúncias de falta de diálogo da gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil), corte de gratificações e ausência de políticas de valorização docente. Durante esse período, milhares de crianças estão sem aula, o que aprofunda ainda mais o atraso na aprendizagem.

A baixa taxa de alfabetização expõe os desafios enfrentados pela educação municipal após 13 anos de gestão do grupo político liderado por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e atual secretário-geral do União Brasil. Apesar dos investimentos em infraestrutura urbana nos últimos anos, os indicadores educacionais não acompanharam o ritmo.

Especialistas alertam para as consequências de longo prazo do atraso na alfabetização. “A criança que não é alfabetizada no tempo certo enfrenta dificuldades que se acumulam ao longo da vida escolar. Isso impacta o aprendizado em todas as disciplinas, além de afetar a autoestima e o futuro profissional do aluno”, explica a pedagoga Márcia Soares, especialista em educação infantil.

O mau desempenho educacional de Salvador não é um caso isolado, mas chama atenção pela sua posição entre as maiores capitais do país. O Indicador Criança Alfabetizada revela desigualdades regionais marcantes: enquanto cidades como Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte superam 80% de alfabetização, Salvador segue na lanterna com menos da metade disso.

Diante da crise, o Ministério da Educação já indicou que poderá intensificar o apoio técnico e financeiro aos municípios com piores resultados, mas a solução também passa por uma gestão local comprometida, com foco na valorização de professores e no fortalecimento das políticas pedagógicas.

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