Rui Costa cobra Bruno Reis sobre andamento das Obras do Novo PAC em Salvador
Ministro critica a execução dos projetos e intensifica a tensão entre o governo federal e a gestão municipal na capital
Por: Redação
22/07/2025 • 13h01 • Atualizado
Durante agenda oficial ao lado do governador Jerônimo Rodrigues nesta segunda-feira (21), o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez duras críticas ao prefeito de Salvador, Bruno Reis. A principal cobrança de Rui Costa foi em relação à execução de obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), na capital baiana. De acordo com o ministro, recursos federais estão disponíveis, mas os projetos não saíram do papel.
Em um discurso direto, Rui Costa enfatizou que até o momento não observou nenhuma creche sendo construída com os recursos do Novo PAC em Salvador. O programa federal, que visa impulsionar investimentos em áreas como saúde, educação e mobilidade urbana, já havia contemplado a cidade com verbas para a construção de unidades de ensino e unidades de saúde, como as policlínicas. Porém, segundo o ministro, a execução desses projetos está em atraso.
Rui Costa não poupou palavras e reforçou que a cobrança não é uma atitude política ou de perseguição, mas sim uma exigência de responsabilidade na execução dos recursos públicos. “Eu não estou fazendo política de perseguição. O prefeito pediu a policlínica, e nós colocamos. Agora precisa tirar do papel”, afirmou, acrescentando que o governo federal continuará liberando recursos, desde que as obras realmente saiam do planejamento.
Ele foi ainda mais enfático: “Eu ainda não tive o prazer de ver uma creche do governo federal construída em Salvador. E isso precisa mudar. Se o prefeito pedir, e houver necessidade, nós vamos continuar colocando recursos. Mas é preciso executar, não adianta só pedir para tirar foto”, pontou.
O Novo PAC, que foi lançado com o objetivo de impulsionar o crescimento e a modernização da infraestrutura do país, destina-se a financiar projetos em diversas áreas essenciais. Em Salvador, os investimentos prometem impactar diretamente a saúde, a educação e a mobilidade urbana, mas a lentidão na execução das obras tem gerado críticas.
Entre os projetos que aguardam andamento estão a construção de creches, policlínicas e outras unidades de saúde. De acordo com o ministro, a Prefeitura de Salvador já solicitou esses investimentos, mas não há movimentação significativa nas obras até o momento.
A cobrança pública de Rui Costa reflete a tensão política crescente entre a gestão federal e municipal em Salvador. A relação entre o ex-governador Rui Costa e o atual prefeito Bruno Reis, ambos de partidos diferentes (PT e União Brasil), tem sido marcada por desentendimentos em diversas ocasiões.
O Novo PAC, com seu potencial de promover melhorias estruturais em Salvador, representa uma área sensível para os dois lados. A crítica de Rui Costa, portanto, não se limita apenas à questão da execução das obras, mas também se insere em um contexto político de disputas que envolvem, ainda, figuras como o ex-prefeito ACM Neto.
Salvador, como a maior cidade da Bahia, é um campo estratégico para os projetos do Novo PAC. A falta de progresso nas obras não só prejudica a imagem da atual gestão municipal, como também limita o impacto das promessas de melhoria para a população soteropolitana. A cobrança de Rui Costa pode ser vista como uma tentativa de acelerar o andamento dos projetos, com um apelo para que os recursos não fiquem retidos em papéis e projetos inacabados.
A pressão sobre Bruno Reis para tirar os projetos do papel deve ganhar ainda mais destaque nos próximos meses, enquanto a cidade e o estado aguardam o real impacto do Novo PAC nas melhorias prometidas para a educação, saúde e infraestrutura.
Com os recursos já assegurados, a expectativa agora é que as obras realmente comecem a tomar forma. O ministro Rui Costa, por sua vez, deixou claro que a responsabilidade está com a gestão municipal, mas que o governo federal continuará a liberar mais investimentos, desde que os projetos sejam efetivamente executados.