O Brasil registrou um avanço no número de crianças alfabetizadas, mas não atingiu a meta estabelecida pelo Governo Federal para 2024. Dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Ministério da Educação (MEC), durante evento para jornalistas em Brasília, revelaram que 59,2% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental sabem ler e escrever. A meta era de 60% para este ano, o que significa que o país ficou apenas 0,8 pontos percentuais abaixo do objetivo.

O número representa um aumento em relação a 2023, quando a taxa de alfabetização era de 56%, o que equivale a um crescimento de três pontos percentuais em comparação ao ano anterior. Apesar do progresso, o índice ainda está distante da meta de 64% que o Ministério da Educação espera atingir até o final de 2024.

Camilo Santana, ministro da Educação, destacou durante o evento que as condições climáticas e socioeconômicas de algumas regiões, como as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, impactaram diretamente a média nacional. “A primeira média nacional foi muito impactada pelas condições do governo do Sul. Nós vamos agora arregaçar as mangas, todo mundo trabalhando, focando nos seus territórios. Vamos fazer a avaliação agora, em outubro e novembro deste ano, e poder alcançar a média de 64%”, afirmou o ministro.

O Indicador Criança Alfabetizada foi criado em 2023 com o objetivo de reunir os resultados de provas de alfabetização realizadas com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental em todo o país. Essas provas são aplicadas pelos governos estaduais e municipais e podem ser comparadas ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), a avaliação federal tradicional que ocorre a cada dois anos.

Esse indicador tem sido fundamental para compreender o panorama da alfabetização no Brasil, especialmente em um momento em que o país enfrenta desafios educacionais e sociais, como a disparidade no acesso à educação de qualidade entre as diferentes regiões.

Com a meta de 64% para 2024, o Governo Federal afirma estar comprometido em reverter as desigualdades regionais e acelerar o processo de alfabetização no país. O ministério prevê uma nova rodada de avaliações ainda este ano, com foco no trabalho intensificado nos territórios mais impactados por crises naturais e sociais.

Embora os números não tenham atingido as expectativas, o aumento na taxa de alfabetização é visto como um passo positivo, e o governo espera que o esforço conjunto entre estados, municípios e o Ministério da Educação possa fazer a diferença nos próximos meses.