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Após Protesto de Mães, Sindicato de Professores de Lauro de Freitas Suspende Greve

O protesto das mães ocorreu em frente à prefeitura, onde estavam representantes do sindicato e do movimento grevista

Por: Redação

14/07/202511h50

Foto: Divulgação/Instagram Asprolf

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf) anunciou, na noite da última sexta-feira (11), a suspensão da greve dos professores, que havia começado no início do mês. A decisão ocorreu após um protesto de mães de alunos, que exigiam o retorno imediato das aulas, apontando os danos à educação dos filhos como principal motivo da mobilização.

A manifestação, que reuniu um grupo significativo de mães em frente à prefeitura, teve grande repercussão nas redes sociais e na opinião pública. Com cartazes e palavras de ordem, as manifestantes criticaram o prolongamento da greve, já considerada ilegal pela Justiça, e cobraram soluções rápidas para a retomada das atividades escolares. Em vídeos que circularam nas plataformas digitais, uma das participantes expressou a frustração com a situação: “Queremos nossos filhos na escola. Chega de politicagem com a educação”, disse ela, enquanto outras mães reforçavam o protesto.

As críticas das mães se estenderam também à liderança da Asprolf, que foi acusada de desconsiderar as necessidades das famílias em prol de um movimento prolongado. Além disso, surgiu a alegação de que filhos dos próprios dirigentes do sindicato estariam estudando em escolas privadas, o que aumentou a pressão contra a greve.

A situação se tornou ainda mais tensa com a presença de Kléber Rosa, ex-candidato a prefeito de Salvador e a governador pelo PSOL, que esteve na prefeitura acompanhando os grevistas. Rosa ouviu as críticas das mães, que pediam, em tom firme, o fim da greve para que seus filhos pudessem retornar à escola.

A greve enfrentava, também, uma crescente pressão judicial. Na última quinta-feira (10), o Tribunal de Justiça da Bahia determinou o bloqueio das contas da Asprolf, além de elevar a multa diária para R$ 100 mil em razão do não cumprimento de uma decisão judicial que havia considerado o movimento ilegal. Apesar das ordens judiciais, o sindicato insistiu na paralisação, o que levou ao agravamento das sanções.

Com a forte mobilização popular e o cerco judicial apertando, o sindicato decidiu suspender a greve. A decisão foi comemorada por muitos pais e alunos, que agora aguardam ansiosos o retorno às atividades escolares, interrompidas há mais de uma semana.

A situação em Lauro de Freitas é um reflexo de um problema mais amplo enfrentado por diversas cidades brasileiras, onde greves e paralisações no setor público entram em conflito com a urgência da continuidade educacional. A pressão de mães e a intervenção judicial destacaram a dificuldade de equilibrar as reivindicações dos trabalhadores com as necessidades da população em um momento crítico como o atual.

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