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Moraes retira sigilo de vídeos de testemunhas da trama golpista

Depoimentos que começaram dia 19 de maio foram encerrados ontem

Por: Redação

03/06/202509h10Atualizado

Foto: NVGO

Os depoimentos começaram no dia 19 de maio e foram encerrados ontem. Apesar de profissionais da imprensa acompanharem presencialmente as audiências das testemunhas durante o período, a gravação de áudio e imagem das declarações não foi permitida pelo ministro para evitar que as testemunhas pudessem combinar versões dos depoimentos.  

Com o fim dos depoimentos, as gravações foram liberadas. 

Os vídeos mostram os principais depoimentos das testemunhas acusação, que confirmaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou estudos jurídicos para viabilizar de decretação de um Estado de Sítio e de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país.

Por outro lado, testemunhas de defesa de Bolsonaro e dos demais réus negaram que os acusados tenham participado da trama golpista e que o ex-presidente tenha solicitado os estudos para as ações golpistas ou cogitado impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Advertência

No primeiro dia de depoimentos, o general Marco Antônio Freire Gomes foi advertido por Alexandre de Moraes ao tentar minimizar suposta fala do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que teria colocado a força à disposição das pretensões golpistas de Bolsonaro durante um reunião com os comandantes das Forças Armadas, em 2022.

“O senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui.”, afirmou Moraes.

Em seguida, o general disse que “em 50 anos de Exército, jamais mentiria” e esclareceu que Garnier falou que “estava com o presidente”, mas que não caberia a ele interpretar o objetivo da declaração.

Freire Gomes negou que tenha dado voz de prisão a Jair Bolsonaro durante reunião na qual teria sido sugerida a adesão das tropas à tentativa de golpe.

“Não aconteceu isso [voz de prisão], de forma alguma. Eu alertei ao presidente que se ele saísse dos aspectos jurídicos, além de não concordamos com isso, ele seria implicado juridicamente”, afirmou. 

Reunião Golpista

Durante a audiência realizada no dia 21 de maio, o ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior confirmou que participou de uma reunião na qual foi apresentados por Bolsonaro mecanismos de decretação de estado de sítio e de uma GLO.

O ex-comandante também confirmou que o general Freire Gomes disse que daria voz de prisão a Bolsonaro se as medidas fossem decretadas. No depoimento prestado ao Supremo, Gomes negou que tenha dado voz de prisão a Bolsonaro. 

"Freire Gomes é uma pessoa polida, educada, não falou com agressividade, ele não faria isso. Mas é isso que ele falou. Com muita tranquilidade, calma, mas colocou exatamente isso. Se fizer isso, vou ter que te prender", afirmou.

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